29.4 C
Belo Horizonte
InícioEconomiaBelo Horizonte lidera ranking de empresas com alta propensão a fechar em...

Belo Horizonte lidera ranking de empresas com alta propensão a fechar em Minas Gerais

Brasil tem aumento de 94,7% em empresas em Recuperação Judicial

Uma pesquisa recente da Neoway revelou que Minas Gerais tem 24,8 mil empresas com alta probabilidade de fechar as portas, com Belo Horizonte liderando o ranking com quase 6 mil dessas empresas. No estado, 78% das empresas em risco são microempresas.

Manter uma empresa aberta depende de estratégias de negócios, relevância e crescimento, mas não é uma tarefa fácil. O levantamento da Neoway mostra que, no Brasil, 215 mil empresas têm alta ou muito alta probabilidade de fechamento. Destes, 107,5 mil estão no Sudeste, sendo 24,8 mil em Minas Gerais.

A pesquisa destaca que as microempresas enfrentam maiores dificuldades para se manterem ativas, representando 78% das empresas em risco. As MEIs (Microempreendedores Individuais) seguem com 19%, e os restantes 3% são empresas de pequeno, médio e grande porte.

Francielly Feijó, diretora de unidade de negócios de Sales & Marketing da Neoway, aponta diversas causas para essa alta propensão de fechamento, incluindo condições econômicas gerais, mudanças no comportamento do consumidor e o ambiente regulatório fiscal.

Entre os setores analisados, o de serviços lidera com 60% das empresas em risco de fechar. O comércio representa 27%, a indústria 7% e a construção civil 5%. No varejo, 26% das empresas enfrentam esse risco, enquanto serviços profissionais e de alojamento representam cada um 12%, e serviços administrativos compõem 9%.

A metodologia da pesquisa utilizou dados da Plataforma Neoway, baseada nos CNPJs da Receita Federal, para avaliar a propensão ao fechamento. Foram considerados indicadores de Relevância, Crescimento e Prospecção para ranquear as empresas.

CENÁRIO NACIONAL

Em 2023, os pedidos de recuperação judicial no Brasil aumentaram quase 70%, segundo a Serasa Experian. No primeiro trimestre de 2024, houve um novo aumento de 64% em relação ao mesmo período de 2023, com um salto de 94,7% em março deste ano comparado ao mesmo mês do ano anterior.

O Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações Judiciais, baseado em dados mensais de falências e recuperações judiciais e extrajudiciais registradas nos fóruns e diários oficiais dos estados, registrou o quarto índice mais alto desde o início da série histórica em 2005 e o maior valor desde 2020. Em 2023, o comércio liderou o aumento com 88%, seguido pela indústria (84%), setor primário (72%) e serviços (53%).

Em termos de porte, as micro e pequenas empresas (MPEs) foram as que mais solicitaram recuperação judicial, representando 77,8% em 2023. Médios negócios seguiram com 54% e grandes empresas com 48%. Em 2022, os números apresentavam melhora, mas o cenário se deteriorou ao longo de 2023, com maior concentração de pedidos no segundo semestre, especialmente em novembro.


RELACIONADOS
Feito com muito 💜 por go7.com.br