Belo Horizonte e sua Região Metropolitana viveram uma madrugada marcada pela violência, com quatro pessoas assassinadas entre a noite de sexta-feira (4) e a madrugada deste sábado (5). Os casos, registrados na capital e em Santa Luzia, ainda não tiveram nenhum suspeito preso até o momento. A Polícia Civil investiga as circunstâncias dos crimes, um deles com indícios de envolvimento com o tráfico de drogas e outro, possivelmente, de feminicídio.
Na noite de sexta-feira, Cristiana Resende dos Santos, de 42 anos, foi executada a tiros no portão de casa, na Rua Amarantina, bairro Serrano, na região da Pampulha, em Belo Horizonte. Segundo testemunhas, dois homens chegaram em uma motocicleta, chamaram a vítima no portão e o garupa efetuou diversos disparos. Próximo ao local do crime, a Polícia Militar encontrou quase meia barra de cocaína prensada, levantando a suspeita de que a execução possa ter relação com o tráfico de drogas. A motivação, porém, segue oficialmente desconhecida.
Em Santa Luzia, cidade vizinha à capital, um homem ainda não identificado foi encontrado morto com pelo menos cinco tiros na rua Paraíso, esquina com rua Lorde, no bairro Três Corações. Nenhum suspeito foi preso e as investigações estão em andamento para identificar tanto a vítima quanto os autores.
Já na madrugada deste sábado, o bairro Serra, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, foi palco de um crime que pode se tratar de feminicídio. Uma mulher foi morta com um tiro na cabeça, aparentemente disparado pelo próprio namorado. O caso ocorreu na Rua Nossa Senhora de Fátima. Testemunhas relataram à Polícia Militar terem ouvido uma intensa discussão no banheiro do imóvel, seguida pelo som de um disparo. O suspeito fugiu antes da chegada da polícia e segue foragido.
BH registra aumento da violência letal
Dados recentes da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MG) mostram que, após anos de queda nos índices, Belo Horizonte voltou a registrar aumento nos homicídios em 2024 e início de 2025, acompanhando uma tendência verificada em diversas capitais do país. Os fatores para a alta incluem conflitos entre facções ligadas ao tráfico, violência doméstica e brigas interpessoais.
De janeiro a maio de 2025, Belo Horizonte registrou um crescimento de 11% nos assassinatos em comparação ao mesmo período do ano anterior, segundo o Observatório de Segurança Pública de Minas Gerais. Em Santa Luzia, a alta foi de 9%, sendo a disputa pelo controle do tráfico apontada como uma das principais causas da violência letal na cidade.
Além do aumento nos homicídios, as polícias mineiras têm se preocupado com a violência doméstica. Em 2024, Minas Gerais bateu recorde de registros de feminicídios consumados, tendência que segue elevada em 2025.
População teme avanço da criminalidade
Moradores das regiões atingidas pelos crimes relataram à imprensa local medo diante da sequência de mortes. No bairro Serrano, onde Cristiana foi executada, moradores disseram temer retaliações ou novos episódios violentos ligados ao tráfico.
A Polícia Civil informou que os casos seguem sob investigação e reforçou o apelo para que informações sobre os suspeitos sejam repassadas de forma anônima pelo Disque-Denúncia 181.
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