Jake Wallis Simons classificou a declaração do presidente brasileiro sobre Israel de ‘antissemitismo e injusto’
O jornalista britânico Jake Wallis Simons, autor do livro Israelophobia – The Newest Version of the Oldest Hatred and What To Do About it, em tradução livre para o português, Israelofobia – a mais nova versão do mais antigo ódio e o que fazer a respeito, afirmou que o presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva é um “idiota útil do Hamas”.
A declaração do escritor veio depois de ele ser questionado sobre as declarações do presidente brasileiro ao comparar as ações militares de Israel em Gaza ao holocausto de Hitler. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Simons disse que a fala de Lula foi um ato de preconceito contra os judeus e elencou para o leitor os pontos cruciais de diferença entre as ações israelenses e as nazistas.
“É óbvio que é antissemitismo. E totalmente injusto”, pontuou o jornalista sobre o discurso de Lula. “Hitler tomou um país como minoria, tirou os direitos dessa miniria, degradou-os, roubou-os, diminuiu-os até que eles fossem sub-humanos na sociedade, deportou-os para os guetos e matou-os em fábricas de morte”, descreveu.
Simons prosseguiu com a comparação ressaltando a condição de vítima de Israel, que desencadeou o conflito atual em um processo de ação e reação.
“No caso israelense, em Gaza, Israel foi a vítima do ataque mais selvagem desde a Segunda Guerra Mundial e respondeu tentando destruir o inimigo”, disse. “Fez como qualquer outro país democrático faria.”
Os “idiotas úteis”
O jornalista e escritor britânico, editor associado do The Telegraph, chama a atenção para o que considera uma estratégia deliberada por parte do grupo terrorista palestino de influenciar a opinião e manipular as pessoas.
“Precisamos reconhecer que o objetivo do Hamas é criar tantas vítima palestinas quanto possível, pois isso faz pessoas como o presidente Lula dizerem coisas idiotas”, afirmou Simons. “Pessoas como presidente Lula são, infelizmente, idiotas úteis do Hamas.”
Para Simons, esses “idiotas úteis” têm noção dos fatos reais. “As pessoas que fazem essa comparação sabem que não é verdade”, disse.
“Há um velho ditado segundo o qual um antissemita só acusa um judeu de roubo pela alegria de vê-lo revirar os bolsos para provar que não é um ladrão”, ilustrou. “Essa é a humilhação de que desfrutam os antissemitas quando pessoas como eu são forçadas a afirmar que judeus e nazistas não são a mesma coisa.