A Petrobras anunciou nesta terça-feira (9) uma nova descoberta de acumulação de petróleo em águas ultraprofundas da Bacia Potiguar, na Margem Equatorial brasileira. A descoberta foi confirmada no poço exploratório Anhangá, localizado próximo à divisa entre os estados do Ceará e do Rio Grande do Norte. A acumulação de petróleo foi encontrada a uma profundidade de 2.196 metros, aproximadamente a 190 km de Fortaleza e 250 km de Natal.
Essa não é a primeira descoberta feita pela Petrobras na Bacia Potiguar este ano. A companhia já havia confirmado a presença de petróleo no Poço Pitu Oeste, situado cerca de 24 km de distância do poço Anhangá. Ambas as concessões são operadas pela Petrobras, que detém 100% de participação nelas.
A exploração de petróleo na Margem Equatorial levanta preocupações entre grupos ambientalistas devido ao potencial de impactos à biodiversidade. No entanto, os poços Anhangá e Pitu Oeste estão localizados distantes da foz do Rio Amazonas, considerada uma área altamente sensível.
A Margem Equatorial abrange o litoral brasileiro do Rio Grande do Norte ao Amapá e engloba diversas bacias hidrográficas, sendo considerada uma região de grande potencial para o setor de óleo e gás. No Plano Estratégico 2024-2028, a Petrobras planeja investir US$ 3,1 bilhões em pesquisas na Margem Equatorial, com a expectativa de perfurar 16 poços ao longo de quatro anos.
Em maio do ano passado, o Ibama negou à Petrobras a permissão para atividades de perfuração no bloco FZA-M-59, localizado na bacia da Foz do Amazonas. A Petrobras apresentou um novo pedido, ainda sem resposta. Por outro lado, o avanço dos trabalhos na Bacia Potiguar conta com a aprovação do Ibama, que concedeu a licença de operação para as perfurações nos poços de Pitu Oeste e Anhangá.
A Petrobras ressaltou, em nota divulgada, o compromisso com a segurança e o respeito ao meio ambiente durante as atividades exploratórias. O histórico da companhia de perfurar cerca de 3 mil poços em ambientes de águas profundas e ultraprofundas reforça sua capacidade técnica para operar com segurança nesse tipo de ambiente.
Essas atividades exploratórias na Margem Equatorial representam um passo importante no compromisso da Petrobras em buscar a reposição de reservas e o desenvolvimento de novas fronteiras exploratórias para atender à demanda global de energia durante a transição energética.