Uma nova pesquisa realizada pela DATATEMPO revela que 39,8% dos eleitores de Belo Horizonte se identificam com a direita no espectro político. A pesquisa, registrada no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), destaca que 31,2% dos entrevistados afirmam ser de direita, 4,1% de centro-direita e 4,5% se posicionam como extrema direita. A margem de erro é de 2,83 pontos percentuais.
Em contrapartida, 20,1% dos eleitores se alinham à esquerda: 16,2% se consideram de esquerda, 2,9% de centro-esquerda e 1% de extrema esquerda. Além disso, 6,9% se declaram de centro, enquanto 33,1% não souberam ou preferiram não responder sobre sua ideologia política.
Segundo a doutora em ciência política Mariela Rocha, a predominância do eleitorado de direita influencia diretamente as intenções de voto para a eleição municipal de 2024. Dois candidatos à frente nas pesquisas, Mauro Tramonte (Republicanos) com 26,5% e Bruno Engler (PL) com 21,2%, são filiados a partidos conservadores. Ambos estão tecnicamente empatados dentro da margem de erro.
Mariela destaca que Bruno Engler, sendo o candidato mais identificado com o conservadorismo, possui uma base mais consolidada, com 67,1% de eleitores convictos em relação ao voto. Já Mauro Tramonte, apesar de atrair eleitores de diferentes espectros, tem uma taxa de convicção de 50,3%, o que pode expô-lo à migração de votos para outros candidatos com posicionamento mais definido.
A pesquisa ainda indica a dificuldade enfrentada por candidatos de esquerda, como Duda Salabert (PDT), em quarto lugar com 6,8%, e Rogério Correia (PT), em quinto, com 4,4%, em um cenário amplamente favorável à direita.