Na esteira das investigações sobre a poluição na icônica Lagoa da Pampulha, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) agendou uma série de vistorias e oitivas para avaliar de perto os possíveis impactos do despejo de resíduos na região. O foco está em combater a contaminação e garantir a saúde ambiental dessa área de importância histórica e cultural.
No dia 9 de abril, os membros da CPI se dirigirão a três pontos estratégicos da orla da Lagoa. Essas ações técnicas têm como objetivo principal evitar novas contaminações e garantir a qualidade da água, que tem sido tema recorrente de preocupação.
Uma das etapas cruciais da investigação será a audiência agendada para o dia 16 de abril, quando a CPI da Pampulha ouvirá um representante legal da Consominas Engenharia. Essa empresa detém a responsabilidade pela limpeza da lagoa, e sua contribuição será essencial para esclarecer aspectos-chave relacionados aos contratos e procedimentos adotados na manutenção da água.
Recentemente, a CPI aprovou requerimentos para ouvir também o superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), outro ponto fundamental para entender o contexto amplo dos desafios enfrentados na preservação desse patrimônio.
Durante as vistorias, os vereadores se concentrarão em pontos estratégicos, como a Estação de Tratamento de Água do Parque Ecológico e áreas de possível despejo irregular de resíduos, como ferros-velhos na região.
A CPI da Pampulha é um desdobramento de uma investigação iniciada em 2023 pelo Tribunal de Justiça (TJMG), após uma primeira tentativa sem sucesso de concluir sobre atos ilícitos ou responsabilidades.
Espera-se que essa iniciativa parlamentar resulte em medidas concretas para proteger e preservar a Lagoa da Pampulha, um dos símbolos mais queridos e históricos de Belo Horizonte, contra a contínua ameaça da poluição e degradação ambiental.