Durante uma audiência pública promovida pela Comissão de Direitos Humanos, Habitação, Igualdade Racial e Defesa do Consumidor para discutir a alienação de imóveis do Município de Belo Horizonte e o déficit da previdência municipal, foi anunciado o leilão do terreno do antigo Clube dos Servidores, em Lagoa Santa, por R$18 milhões. Representantes sindicais manifestaram-se contra a venda de terrenos adquiridos com contribuições dos servidores e defenderam que os recursos arrecadados sejam destinados à previdência dos funcionários públicos.
O vereador Dr. Bruno Pedralva (PT), requerente da audiência, afirmou que é injusto utilizar o dinheiro proveniente da venda de imóveis adquiridos com contribuição previdenciária dos servidores para outros fins que não o déficit da previdência. Ele anunciou a apresentação de um projeto de lei para retomar um dispositivo legal que estabelece que os recursos de alienação de bens do patrimônio da Beneficência da Prefeitura de Belo Horizonte sejam destinados à previdência dos servidores.
Os representantes sindicais expressaram preocupação com a falta de diálogo por parte da Prefeitura e ressaltaram a importância de envolver os servidores nas decisões que afetam seu patrimônio. Argumentaram que a reforma da previdência aumentou a contribuição dos servidores, sem um aumento correspondente por parte da PBH, e criticaram a venda do terreno do Clube dos Servidores por um valor considerado baixo.
Em resposta às críticas, representantes da PBH afirmaram que todo o processo seguiu os parâmetros legais e de transparência. Explicaram que os recursos provenientes da venda de imóveis da Beneficência da Prefeitura têm destinação específica, conforme a legislação. O vereador Bruno Pedralva anunciou que solicitará ao Tribunal de Contas uma investigação para apurar as circunstâncias que levaram à venda do terreno e continuará lutando para reverter a decisão.
