Após anos de apelos às autoridades locais e estaduais e da falta de respostas de uma indústria petroquímica na localidade, os moradores de Vespasiano estão se mobilizando para uma série de protestos nas proximidades da empresa.
Nesta quinta-feira, dia 28, a partir das 16h, será realizada uma manifestação dos moradores e trabalhadores da região. O objetivo é expor as graves consequências das operações da indústria sobre a comunidade e o meio ambiente.
A empresa, especializada na produção de Coque Verde de Petróleo, um subproduto da indústria petroquímica, está operando em Vespasiano desde 2007. Apesar dos repetidos apelos por ação, nem as autoridades nem a empresa tomaram medidas concretas para enfrentar a crise de poluição que se desenrola na região.
O Coque, conhecido por suas propriedades carcinogênicas, representa graves riscos à saúde daqueles expostos aos seus arredores contaminados.
“As empresas deste setor são obrigadas a investir em medidas robustas de controle da poluição, no entanto, a Unimetal tem persistentemente negligenciado essa responsabilidade”, disse André Italo, Morador de Vespasiano.
“Os níveis de contaminação atingiram níveis alarmantes, como evidenciado por inúmeros depoimentos, fotografias e vídeos documentando a extensão da degradação ambiental na região da Grande Belo Horizonte, especialmente em Vespasiano. A contaminação não apenas ameaça a população local, mas também coloca em risco a integridade do lençol freático, rios e córregos nas proximidades”, concluiu.
Além dos graves impactos à saúde e ao meio ambiente, a poluição por partículas de Coque alcança um raio de mais de 3 km de distância da planta da empresa. Relatos de moradores em bairros distantes, como Caieiras e Celvia, confirmam que o pó preto proveniente da empresa invade suas residências, contaminando suas famílias.
A falta de clareza sobre os componentes presentes no ar de Vespasiano deixa a população em constante angústia, sem saber o que estão respirando e como isso afeta sua saúde a longo prazo.
Os moradores de Vespasiano se recusam a suportar as consequências da suposta negligência da empresa por mais tempo. Através de manifestações pacíficas, eles buscam ampliar suas vozes e compelir as autoridades e a indústria a priorizarem a saúde e o bem-estar da comunidade e do meio ambiente.