O helicóptero Arcanjo 04, do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, caiu na serra de Ouro Preto na tarde de sexta-feira (11), resultando na morte de seis tripulantes, incluindo quatro militares e dois socorristas. A aeronave estava realizando uma operação de resgate quando o acidente ocorreu. A confirmação das mortes veio na manhã de sábado (12), após uma intensa busca de mais de 12 horas. O governador Romeu Zema lamentou a tragédia e expressou solidariedade às famílias das vítimas.
Entre os mortos estão o capitão Wilker Tadeu Alves, o tenente Victor Sterling, os sargentos Wellerson e Gabriel, além do médico Rodrigo Trindade e o enfermeiro Bruno Sudário, ambos do SAMU. O helicóptero estava a caminho de um resgate quando perdeu contato com as equipes em terra, sendo posteriormente localizado em uma área de difícil acesso na serra de Ouro Preto.
O acidente mobilizou uma grande operação de resgate, envolvendo 84 pessoas, entre bombeiros, agentes da Polícia Militar, da Força Aérea Brasileira, cães de busca e outras aeronaves. A localização da aeronave foi dificultada pelo terreno íngreme e pelas condições meteorológicas adversas na região. “Prontamente, foram empenhados todos os esforços possíveis para encontrar o Arcanjo 04, mas, infelizmente, a tragédia foi confirmada”, afirmou o tenente Henrique Barcellos.
Essa é a segunda tragédia aérea a ocorrer na mesma área em menos de 24 horas. Na tarde de sexta-feira, um avião monomotor, que estava combatendo incêndios florestais na região de Ouro Preto, caiu, matando o piloto Adriano Machado. O Arcanjo 04 foi enviado para apoiar nas buscas relacionadas a esse acidente, mas acabou sendo vítima de uma nova tragédia.
Última imagem e homenagem
Pouco antes do acidente, uma imagem publicada nas redes sociais mostrava os seis tripulantes juntos, sorrindo e prontos para mais uma missão de resgate. A foto agora serve como lembrança da dedicação e do compromisso das vítimas com a sua profissão. “Eles eram heróis no cumprimento de sua nobre missão”, comentou emocionado o governador Romeu Zema.
Em mensagem no Twitter, Zema prestou homenagem aos quatro militares do Corpo de Bombeiros e aos dois socorristas do SAMU que perderam suas vidas no acidente. “Lamento profundamente a trágica perda desses profissionais que, no exercício de sua missão de salvar vidas, acabaram perdendo as suas próprias. Minhas orações estão com os familiares e amigos”, escreveu o governador.
Investigações em andamento
O Corpo de Bombeiros e as autoridades de aviação já iniciaram as investigações para determinar as causas do acidente com o Arcanjo 04. Segundo informações preliminares, a aeronave teria colidido com um paredão antes de cair. As condições climáticas adversas são apontadas como uma possível causa contribuidora, mas a investigação completa deve levar tempo para ser finalizada, considerando a complexidade do caso e o terreno acidentado onde a aeronave foi encontrada.
O acidente gerou grande comoção no estado, principalmente entre os colegas de farda das vítimas. A corporação dos bombeiros, abalada pela perda, informou que está oferecendo apoio psicológico aos familiares e amigos. “Toda a corporação amanhece consternada e resiliente na sua missão junto aos irmãos de farda”, declarou a tenente-coronel Karla Lessa Alvarenga Leal, comandante do Batalhão de Operações Aéreas.
Uma série de tragédias aéreas
Este acidente é o segundo envolvendo aeronaves na região de Ouro Preto em um curto intervalo de tempo. Na mesma sexta-feira (11), um avião monomotor que atuava no combate a incêndios florestais caiu, vitimando o piloto Adriano Machado. Esses dois incidentes elevaram a preocupação com a segurança de aeronaves na região e reacenderam o debate sobre as condições de voo em áreas de difícil acesso e com condições meteorológicas instáveis.
Solidariedade e luto
A queda do helicóptero Arcanjo 04 é mais um capítulo trágico para o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, que recentemente também perdeu profissionais em outras operações. O trabalho heroico dos bombeiros é amplamente reconhecido, e a perda desses seis profissionais gera uma onda de comoção em todo o estado.
O governo de Minas Gerais decretou luto oficial pelas vítimas, e diversas homenagens estão sendo organizadas em memória dos profissionais que perderam suas vidas enquanto dedicavam suas carreiras a salvar outras.
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