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Operação da Polícia Federal combate fraude no Seguro DPVAT com prejuízo estimado de R$ 2,5 milhões

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (16), as operações Acidentados e Bones II, visando desmantelar esquemas de fraude no Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT). A ação policial foi realizada em cidades de Minas Gerais e São Paulo, com o objetivo de combater um grupo criminoso que teria causado um prejuízo estimado em R$ 2,5 milhões ao seguro.

Sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços residenciais e comerciais nas cidades mineiras de Formiga, Luz, Piumhi, Guapé, e também em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Além disso, medidas cautelares foram impostas aos investigados, como a proibição de se ausentarem de suas cidades e a restrição de contato entre os envolvidos no esquema.

Como funcionava o esquema

As investigações tiveram início após a Caixa Econômica Federal (CEF) encaminhar um ofício à Polícia Federal, informando suspeitas de irregularidades nas indenizações do DPVAT. De acordo com a PF, corretores de seguro captavam vítimas de acidentes de trânsito e, com o auxílio de médicos e fisioterapeutas, apresentavam documentos falsificados para inflar os valores das indenizações.

Segundo a polícia, os profissionais de saúde envolvidos forneciam laudos e relatórios médicos adulterados, que eram utilizados para aumentar os valores das compensações financeiras. Em muitos casos, os próprios beneficiários das indenizações estavam cientes da fraude e colaboravam com os intermediários para obter valores maiores.

Prejuízo milionário e possíveis crimes

O prejuízo causado pelo esquema é estimado em aproximadamente R$ 2,5 milhões. A investigação apontou que a fraude foi realizada de forma sistemática e envolveu várias pessoas, incluindo os profissionais de saúde, corretores e beneficiários do seguro.

Os envolvidos no esquema poderão responder por crimes como associação criminosa, uso de documentos falsos e estelionato. As penas para esses crimes podem chegar a até 14 anos de prisão, caso sejam condenados.

Medidas adotadas e próximos passos

Durante a operação, além dos mandados de busca e apreensão, as autoridades também implementaram medidas para garantir que os investigados não atrapalhem o andamento das investigações. Os suspeitos estão proibidos de deixar suas cidades de residência e de manter contato entre si.

As operações Acidentados e Bones II são parte de um esforço contínuo da Polícia Federal para combater fraudes no seguro DPVAT, que já têm um histórico de irregularidades em várias regiões do país. A expectativa é que, com as provas coletadas, novos desdobramentos possam ocorrer, levando a outras prisões e indiciamentos.

A fraude no seguro DPVAT não é um problema isolado. O programa, que visa indenizar vítimas de acidentes de trânsito, tem sido alvo de diversas investigações nos últimos anos, devido à atuação de quadrilhas que exploram brechas no sistema para lucrar de forma ilícita. A Polícia Federal continuará acompanhando o caso, em busca de novos envolvidos e para garantir que os responsáveis sejam punidos.

As investigações seguem em andamento e a Polícia Federal espera concluir o inquérito em breve, apresentando uma denúncia formal ao Ministério Público.


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