O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, enfrenta críticas após uma declaração durante a homologação de um acordo de R$ 170 bilhões entre mineradoras e o governo brasileiro, destinado a reparações pela tragédia de Mariana (MG), em 2015. Na sessão do último dia 6, Barroso afirmou que o valor seria suficiente “para passar um bom fim de semana”, provocando reações negativas, especialmente entre as pessoas afetadas pelo rompimento da Barragem de Fundão, que deixou 19 mortos e um rastro de destruição.
Barroso justificou o acordo como uma adesão voluntária e mencionou que os insatisfeitos teriam a opção de buscar reparação por conta própria. No entanto, a fala do ministro foi interpretada como desrespeitosa por algumas das vítimas da tragédia. Monica Santos, assessora técnica e moradora de Bento Rodrigues, que perdeu sua casa e ainda aguarda reparações, lamentou a postura do ministro, afirmando que o acordo não leva em conta os anos de dificuldades enfrentadas pelos atingidos. “Não consideraram tudo o que a gente vem passando”, disse Monica à Folha de S.Paulo.
Edertone José da Silva, empresário de Governador Valadares, que perdeu sua empresa e tenta obter justiça no Reino Unido, também criticou o ministro, classificando a fala como “insensível”. Ambos são representados pelo escritório britânico Pogust Goodhead e argumentam que decisões foram tomadas sem a consulta adequada às vítimas.
Em resposta, Barroso afirmou que sua intenção não era ofender e reiterou que o acordo representa a “compensação possível” no momento, reconhecendo que o dinheiro não repara todas as perdas, mas é o esforço viável diante da complexidade do caso. O acordo, fruto de negociações intensas, busca fornecer assistência e reparação aos afetados, embora as críticas apontem a necessidade de um tratamento mais cuidadoso e respeitoso às vítimas.
CLIQUE NO BANNER E ENTRE PRO NOSSO GRUPO
Para comentar as reportagens acesse; https://www.facebook.com/BHaovivoNews/ , https://x.com/Bhaovivonews e/ou https://www.threads.net/@bhaovivonews
