A Polícia Civil prendeu nesta terça-feira (21) o motorista da carreta envolvida no trágico acidente que resultou na morte de 39 pessoas na BR-116, em Teófilo Otoni, Minas Gerais. O governador do estado confirmou que, segundo as investigações, o condutor dirigia sob efeito de substâncias proibidas no momento da colisão.
Acidente e Investigações
O acidente ocorreu na madrugada de 21 de dezembro de 2024 e envolveu três veículos: um ônibus de viagem, a carreta e um carro de passeio. O motorista fugiu do local e só se apresentou à polícia dois dias depois. Na época, a Justiça negou o pedido de prisão preventiva, mas uma nova decisão levou à sua detenção.
As investigações apontaram fatores agravantes, como:
- Abandono do local do acidente;
- Transporte de carga acima do peso permitido (68 toneladas, mais que o dobro do permitido, 30 toneladas);
- Excesso de velocidade (90 km/h em um trecho com limite de 80 km/h);
- Uso de substâncias psicoativas, incluindo cocaína, ecstasy e álcool.
A Justiça considerou que essas condições caracterizam dolo eventual, ou seja, o motorista assumiu o risco de causar o acidente.
Defesa Questiona Prisão
O advogado do motorista, Raony Fonseca Scheffer Pereira, afirmou que a defesa recebeu com surpresa a decretação da prisão preventiva, argumentando que o caminhoneiro se apresentou voluntariamente e colaborou com as investigações. Ele também garantiu que irá recorrer para garantir que o acusado responda ao processo em liberdade.
Sobre os exames toxicológicos, a defesa questiona a validade dos resultados, já que foram realizados dois dias após o acidente. “Não há comprovação de que ele estivesse sob efeito das substâncias no momento da batida”, afirmou o advogado, que também levantou dúvidas sobre possíveis falhas nos protocolos de coleta e análise.
Quanto à fuga do local do acidente, a defesa argumenta que o motorista entrou em pânico e não pôde prestar socorro devido ao incêndio causado pela colisão.
O Caso
O acidente aconteceu quando uma carreta transportando um bloco de granito colidiu com um ônibus interestadual que seguia de São Paulo para a Bahia. O impacto causou um incêndio, resultando na morte de 39 passageiros e deixando nove feridos. Entre as vítimas, havia moradores de São Paulo, Bahia, Minas Gerais e Paraíba.
As investigações apontam irregularidades na condução da carreta, incluindo excesso de peso da carga e jornadas exaustivas de trabalho. A decisão pela prisão preventiva também levou em conta suspeitas de que o motorista não colaborou integralmente com as investigações.
A defesa reforçou solidariedade às vítimas e seus familiares, defendendo que o processo ocorra de forma equilibrada e justa.
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