O caso da fuga dos detentos da penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, completa um mês, desafiando as autoridades e mobilizando uma operação de busca sem precedentes. Os fugitivos, identificados como Rogério da Silva Mendonça (conhecido como Tatu) e Deibson Cabral Nascimento (conhecido como Deisinho), ambos ligados à facção criminosa Comando Vermelho, ainda não foram recapturados.
Desde a fuga, os detentos mantiveram uma família como refém, foram avistados em diferentes comunidades e se esconderam em uma propriedade rural. Além disso, foram responsáveis por agredir uma pessoa na zona rural de Baraúna. As autoridades descobriram recentemente a existência de uma suposta rede de apoio fora do presídio, possivelmente financiada pelo Comando Vermelho, para auxiliar os fugitivos. Sete pessoas foram presas até o momento, seis delas com conexão com as fugas.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, tornou a captura dos fugitivos uma prioridade e afirmou que há fortes indícios de que ainda estejam na região. Cerca de 500 policiais permanecem mobilizados na região, sem prazo definido para o término das buscas.
A principal evidência de que os fugitivos ainda estariam na região vem dos cães farejadores, que conseguiram farejar sua presença em uma área rural próxima à cidade de Baraúna. O último avistamento dos criminosos ocorreu no dia 3 de março em uma fazenda da região, onde estavam juntos.
Apesar da ajuda que possam ter recebido, o ministro acredita que os fugitivos estejam encurralados neste momento, o que pode indicar uma fase final na operação de recaptura. Ele destacou que, sem a eficiência das polícias, os fugitivos já estariam longe do perímetro atual.