Nove trabalhadores foram resgatados de uma carvoaria em Santos Dumont, Zona da Mata mineira, em condições degradantes. Operando fornos de carvão sem proteção, alojados precariamente e sem acesso a água potável, foram encontrados em situação de trabalho análogo à escravidão.
Segundo o procurador do trabalho Fabrício Borela Pena, o empregador atraía migrantes de regiões carentes, submetendo-os a jornadas exaustivas e alojamentos insalubres. A empresa, reincidente nesse tipo de prática, firmou um acordo para pagar verbas trabalhistas, indenização por danos morais e custear o retorno dos trabalhadores às suas origens, totalizando cerca de R$ 150 mil.
Além disso, as siderúrgicas que adquiriam o carvão vegetal da empresa foram notificadas pelo MPT de Minas Gerais, sendo alertadas sobre a situação dos trabalhadores. Recomendações foram feitas para que adotem medidas de compliance trabalhista em sua cadeia produtiva, sob pena de responsabilização civil, penal e administrativa.