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Gastos com viagem à micareta jurídica “Gilmarpalooza” alcançam R$ 1,34 milhão

A viagem de autoridades brasileiras ao 12º Fórum Jurídico de Lisboa, conhecido como “Gilmarpalooza”, resultou em despesas de pelo menos R$ 1,34 milhão, cobrindo diárias e passagens. O evento, organizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, ocorreu entre os dias 26 e 28 de junho na capital portuguesa.

Detalhes dos Gastos:

  • Diárias: O custo total com diárias foi de R$ 1,2 milhão. Esse valor foi pago a pelo menos 78 pessoas, incluindo servidores públicos, políticos, seguranças, e membros do Judiciário. O montante pode aumentar, já que nem todos os pagamentos foram atualizados até o final de junho.
  • Passagens: Foram identificados gastos de R$ 181,4 mil em passagens para 14 autoridades. Muitos portais de transparência ainda não publicaram informações sobre junho, o que pode levar a um aumento no valor final.

Participantes e Palestrantes:

O fórum contou com três dias de palestras na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. De 318 palestrantes, 265 eram brasileiros, representando 84% dos participantes. Além das palestras, o evento incluiu conversas de bastidores e jantares oferecidos por empresas.

Destino dos Recursos:

  • Câmara dos Deputados: Enviou 25 pessoas, incluindo 21 parlamentares, com um custo total de R$ 257,8 mil em diárias. Entre os participantes estavam candidatos à presidência da Câmara.
  • Senado: Desembolsou R$ 105,4 mil em diárias para seis senadores, incluindo Jaques Wagner (PT-BA) e Ciro Nogueira (PP). O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), estava programado para participar, mas não viajou.
  • Ministérios: Nove ministérios e a Polícia Federal enviaram representantes. Os gastos com diárias dos ministérios totalizaram R$ 181,6 mil. Participaram do evento ministros como Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Luciana Santos (Ciência e Tecnologia).
  • Presidência da República: A Presidência pagou R$ 12,2 mil em diárias para dois seguranças do ex-presidente Michel Temer (MDB), que participou de uma mesa redonda sobre presidencialismo.

Outras Observações:

A Fundação Getulio Vargas (FGV) cobriu parte dos custos de viagem do presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues. A FGV foi investigada em 2022 por suspeita de fraude em licitação e corrupção, mas decidiu não comentar sobre a atual situação.

A combinação de informações do Diário Oficial da União, ordens bancárias do Siafi, e portais de transparência ajudou a compilar os dados sobre os gastos.


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