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Polícia Federal prende traficante ligado ao PCC e às FARC

Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal da Comarca de Belo Horizonte.

A Polícia Federal (PF) prendeu nesta terça-feira, 2 de julho, Ronaldo Roland, apontado como um dos principais líderes de uma organização criminosa internacional de tráfico de drogas. A prisão faz parte da Operação Terra Fértil, que visa desmantelar um esquema de tráfico envolvendo várias regiões do Brasil, incluindo Minas Gerais, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Bahia e Goiás. Roland é suspeito de ter fortes ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e de transportar drogas das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) para cartéis mexicanos.

Histórico e Investigações

Avião verificado durante cumprimento de mandados de busca e apreensão da PF | Foto: Divulgação/Polícia Federal
Avião verificado durante cumprimento de mandados de busca e apreensão da PF | Foto: Divulgação/Polícia Federal

Ronaldo Roland já foi alvo de várias investigações anteriores, incluindo a Operação Dona Bárbara, onde foi identificado como responsável pelo transporte de drogas das FARC para cartéis mexicanos. Segundo a Polícia Federal, Roland enviava cocaína para países da América do Sul e Central, com destaque para cartéis violentos do México.

Modus Operandi e Conexões Criminosas

As investigações conduzidas pela Polícia Federal em Uberlândia (MG) revelaram que Ronald realizava diversas viagens ao exterior, especialmente para a América Central e África. A relação do criminoso com o PCC foi evidenciada por quebras de sigilo de empresas associadas a ele, que mostraram transações financeiras com ladrões de banco e outros criminosos ligados à facção.

Os envolvidos na organização criminosa criavam empresas de fachada sem funcionários para adquirir imóveis e veículos de luxo para terceiros, movimentando grandes quantias de dinheiro incompatíveis com seu capital social. Sócios dessas empresas não possuíam vínculos empregatícios há anos, e alguns até receberam auxílio emergencial.

Transações Financeiras Suspeitas

A PF descobriu que algumas dessas empresas realizavam transações com empresas de criptomoedas e outras atividades que mascaravam a origem ilícita dos valores. O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) estima que a organização criminosa movimentou ilegalmente cerca de R$ 5,5 bilhões em pouco mais de cinco anos.

Ação da Polícia Federal

Cerca de 280 policiais federais foram mobilizados para cumprir nove mandados de prisão preventiva e 80 mandados de busca e apreensão. Além disso, foram tomadas medidas cautelares como o sequestro de bens e o bloqueio de contas.


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