A Polícia Federal (PF) descobriu um esquema de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas envolvendo Ronald Roland, um traficante associado ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e a cartéis mexicanos, após a compra de uma mansão em Uberlândia, Minas Gerais. Na última terça-feira (2), a operação “Terra Fértil” visou desmantelar empresas ligadas a Roland, que supostamente sonegaram R$ 5,4 bilhões.
Ronald Roland, preso em Uberlândia, era o principal alvo da operação, que também cumpriu nove mandados de prisão preventiva e 80 de busca e apreensão em vários estados. A PF identificou Roland como um fornecedor importante para os cartéis de Sinaloa e Los Zetas, além de sua ligação com as Farc.
Roland usava imóveis e carros de luxo para lavar dinheiro do tráfico internacional de drogas. As investigações apontaram que ele e seus aliados criavam empresas de fachada para movimentar grandes quantias de dinheiro. A PF estima que o grupo tenha movimentado mais de R$ 5 bilhões ilegalmente nos últimos cinco anos.
A operação contou com 280 policiais e medidas como o sequestro de bens e bloqueio de contas. A compra de uma mansão por R$ 2,5 milhões em Uberlândia foi o ponto de partida para a investigação, que revelou transações suspeitas e empresas fictícias ligadas a Roland. Além disso, a PF descobriu que o contador responsável pela empresa de Roland estava ligado a várias outras empresas envolvidas no esquema.
A PF também destacou a relação de Roland com ladrões de banco e outros criminosos do PCC, revelada através da análise de movimentações financeiras. As investigações apontaram a existência de mais de 90 automóveis, 11 aeronaves e dezenas de imóveis registrados em nome das empresas e pessoas investigadas.
Essa operação evidencia a complexidade e o alcance do esquema criminoso, envolvendo um grande número de pessoas e diversas transações financeiras suspeitas.