Servidores de todas as agências reguladoras do Brasil, incluindo a Anatel, Anvisa e ANP, realizaram uma paralisação de 24 horas na última quinta-feira (4/7) e ameaçam entrar em greve por tempo indeterminado. Eles reivindicam reajuste salarial e pressionam o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Os funcionários argumentam que houve um congelamento salarial nos últimos anos, resultando em uma defasagem de 30% em relação a outras carreiras do serviço público federal, como as do Banco Central e da Receita Federal. Apesar de receberem um reajuste de 9% em 2023 e promessas de aumentos adicionais em 2025 e 2026, os servidores consideram as medidas insuficientes.
A greve, se deflagrada, pode impactar diversos setores, incluindo portos, aeroportos, estradas e repasses de royalties de petróleo, atrasando concessões, obras do Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) e leilões de novos poços de petróleo.
Uma nova rodada de negociações está agendada para o dia 11 de julho. Ministros do governo, como Silvio Costa Filho, Alexandre Silveira, Juscelino Filho e Margareth Menezes, já enviaram ofícios à ministra da Gestão, Esther Dweck, solicitando reajustes para os servidores das agências reguladoras. O governo, no entanto, enfrenta dificuldades orçamentárias, com recursos adicionais consumidos por gastos previdenciários e emendas parlamentares.
