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Bando suspeito de chacina na Grande BH foi à festa para matar todos: “Não foi mero erro”, afirma polícia

Criminosos visaram o maior número de vítimas possível em festa infantil; três mortos e três feridos em Ribeirão das Neves.

Os criminosos envolvidos na chacina em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, foram à festa de aniversário determinados a matar o maior número possível de pessoas. Essa revelação foi feita pelo delegado Marcus Vinícius Silva Rios durante uma coletiva de imprensa da Polícia Civil nesta terça-feira (9). O ataque resultou na morte de três pessoas, incluindo duas crianças de 9 e 11 anos.

O delegado explicou que o crime foi motivado por uma disputa pelo controle do tráfico de drogas no Morro Alto, em Vespasiano, levando lideranças da região e do bairro Joana D’Arc, em Belo Horizonte, a planejar a execução de Felipe Júnior Moreira Lima, de 26 anos. “A ação de atirar nas crianças e nos demais convidados da festa não foi um mero erro, foi algo direcionado. Tanto as apurações quanto os depoimentos das testemunhas e a perícia identificaram que a ação foi direcionada para atingir o maior número de pessoas”, afirmou Rios.

A tragédia poderia ter sido ainda pior. “Não matou mais pessoas, pois já era fim de festa e tinha poucos convidados no local, além da ajuda do divino”, relatou o delegado. Além das três vítimas fatais, outras três pessoas foram feridas, sendo que uma delas, uma mulher de 41 anos, permanece hospitalizada em estado grave.

O Ataque

O ataque ocorreu durante o aniversário de Heitor Felipe, de 9 anos, em um espaço no bairro Areias, em Ribeirão das Neves. A festa começou às 9h da quinta-feira, 23 de maio, e se estendeu ao longo do dia. Por volta das 19h, quando os convidados já estavam indo embora, dois homens armados invadiram o local e começaram a atirar.

Morreram Heitor Felipe, seu pai Felipe Júnior Moreira Lima, de 26 anos, e sua prima Layza Manuelly de Oliveira, de 11. Outras três pessoas, uma adolescente de 13 anos, sua mãe de 41 e uma jovem de 19, foram socorridas e levadas à UPA Justinópolis, sendo depois transferidas para o Hospital Risoleta Neves, em Belo Horizonte. Enquanto a adolescente e a jovem se recuperaram bem, a mulher de 41 anos ainda está em estado crítico.

Facilitação do Ataque

Ivone Silva de Almeida, de 42 anos, suspeita de ter facilitado a ação dos criminosos, estava presente na festa. Sua filha foi uma das feridas no ataque. “As investigações apontaram que a pessoa que passou a informação do evento estava no aniversário. Ela foi ouvida e negou os fatos, mas as provas dos autos não deixam dúvidas. Ela era uma das convidadas e teve um familiar atingido”, disse o delegado Marcus Vinícius Silva Rios.

Segundo a Polícia Civil, Ivone foi indiciada por homicídio qualificado e está presa desde a última sexta-feira (5 de julho). No momento de sua prisão, ela passou mal e foi encaminhada ao Hospital Risoleta Tolentino Neves.


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