Após o reajuste da gasolina anunciado pela Petrobras, que entrou em vigor na terça-feira (09/07), o preço do combustível em Belo Horizonte chegou a R$ 6,69, bem acima do esperado. A estatal havia previsto um aumento de R$ 0,15 por litro, com analistas sugerindo uma alta de até R$ 0,20. No entanto, os motoristas têm encontrado preços até R$ 0,50 mais altos do que na semana anterior.
O levantamento inicial do site Mercado Mineiro revelou que o preço mais alto encontrado foi de R$ 6,69 em um posto no Belvedere, onde o combustível custava R$ 6,19 antes do reajuste. Em postos na Avenida Amazonas, o aumento foi ainda maior, saltando de R$ 5,99 para R$ 6,39, excedendo o reajuste oficial.
Feliciano Abreu, administrador do Mercado Mineiro, expressou preocupação com os aumentos superiores ao previsto. Ele destacou que, apesar do aumento nos custos de transporte e outros fatores, o consumidor é o mais afetado. “O consumidor final está pagando mais do que o anunciado pela Petrobras, e isso é preocupante,” afirmou.
O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Minas Gerais (Minaspetro) atribui a elevação dos preços à alta do etanol anidro, que é misturado à gasolina e teve um aumento de R$ 0,29 nos últimos 30 dias. No entanto, a Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig Bioenergia) afirma que a alta do etanol não justifica o aumento desproporcional nos preços da gasolina.
Além disso, o etanol também registrou aumento nos postos. Com a alta da gasolina, a demanda pelo etanol, que é mais barato, subiu, resultando em um aumento de preço. Mesmo assim, o etanol continua sendo uma alternativa mais econômica, embora em alguns postos já tenha ultrapassado 70% do preço da gasolina.
