Quando se trata da compra de um imóvel, a decisão entre financiamento imobiliário e consórcio depende de vários fatores, incluindo a necessidade de uso imediato do imóvel e a capacidade financeira do comprador.
Apesar do ciclo de queda da Selic, atualmente em torno de 11% ao ano, o custo do financiamento ainda é alto para muitos brasileiros, o que faz do consórcio uma alternativa cada vez mais atraente.
Segundo a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), o número de participantes ativos em consórcios de imóveis cresceu 60% de janeiro a novembro de 2023, totalizando cerca de 17 milhões de consumidores.
À medida que os juros sobem, muitos clientes perdem a capacidade de compra através do crédito imobiliário, o que tem levado a uma migração para o consórcio.
Clique no banner para falar com o especialista indicado pelo BH AO VIVO
Prós e Contras de cada opção
Financiamento
Prós:
– Prazos mais longos, até 35 anos.
– Acesso rápido ao imóvel (cerca de 60 dias).
– Influência direta da Selic, com possibilidade de parcelas menores em ciclos de queda.
– Possibilidade de amortização das parcelas a qualquer momento.
– Opção de portabilidade para reduzir taxas de juros.
– Escolha de diferentes formas de correção: IPCA, poupança, taxa fixa ou TR.
Contras:
- Necessidade de entrada de 20% a 25% do valor do imóvel.
- Risco de endividamento de longo prazo.
- Exigência de abrir conta no banco credor.
- Altas taxas de juros podem inviabilizar a compra.
- Consórcio
Prós: - Custos mensais e totais inferiores ao do financiamento.
- Não exige entrada, apenas parcelas mensais e lances.
- Possibilidade de desistência com juros e multa.
- Caráter educativo, incentivando a poupança mensal.
- Uso do FGTS para lances.
- Possibilidade de usar até 10% da carta de crédito para custos de cartório.
- Contras:
- Prazos menores, geralmente de 10 a 20 anos.
- Acesso ao imóvel pode demorar anos.
- Contemplação depende da sorte.
- Taxas de administração altas.
- Custo do imóvel de outras pessoas enquanto se espera ser contemplado.
- Parcelas fixas até o fim do prazo.
- Como Escolher?
- Para fazer a escolha certa, é essencial avaliar a situação financeira pessoal. O financiamento exige aprovação de crédito e disponibilidade para dar uma entrada, além de outros custos adicionais. Por outro lado, o consórcio pode ser mais vantajoso para quem não tem pressa de adquirir o imóvel, mas é importante estar preparado para continuar pagando aluguel ou morar onde está até ser contemplado.
No consórcio, lances em dinheiro ou com FGTS podem antecipar a contemplação, mas não garantem a vitória. - Deve-se considerar
- A escolha entre financiamento e consórcio deve levar em conta a situação financeira e a necessidade imediata do imóvel. O consórcio faz sentido se o consumidor for contemplado em até seis anos. Depois disso, fica caro. Portanto, é fundamental avaliar cuidadosamente todas as opções antes de tomar uma decisão.