O jornal O Estado de S. Paulo publicou um editorial criticando a decisão do procurador-geral da República, Paulo Gonet, de denunciar três brasileiros por ofensas contra Alexandre de Moraes, membro do Supremo Tribunal Federal (STF), no Aeroporto de Roma em julho de 2023. O editorial, intitulado “Isso sim é lawfare”, argumenta que o caso é de pouca relevância e não deveria ter levado ao indiciamento.
Críticas ao Procedimento
O Estadão considera “estarrecedor” que a denúncia tenha sido feita diretamente ao STF, em vez de à Justiça de primeiro grau. O jornal questiona a necessidade de usar o foro especial para um caso onde Moraes não é o acusado, mas a vítima. Para o Estadão, essa decisão parece indicar um tratamento desigual e uma violação do princípio constitucional da igualdade perante a lei.
Observações sobre o MPF
O editorial sugere que a escolha da Procuradoria-Geral da República para tratar do caso demonstra “tempo ocioso” no Ministério Público Federal em Brasília. Ressalta que, por se tratar de uma simples disputa em uma sala VIP de aeroporto, o envolvimento da PGR parece desproporcional.
Fragilidade das Provas
O Estadão também critica a fragilidade das provas apresentadas contra os acusados, afirmando que o incidente não justifica mais do que um repúdio ao comportamento da família Mantovani. O jornal argumenta que a atenção dada ao caso é desproporcionada e questiona a motivação por trás da decisão de Gonet.
A análise do Estadão indica um desacordo com a abordagem adotada pelo procurador-geral e sugere uma revisão mais crítica da situação.
