O ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), tem se aproximado de políticos alinhados ao bolsonarismo em eventos de lançamento de candidaturas no interior do estado. Recentemente, em Juazeiro do Norte, Ciro compartilhou o palco com o deputado estadual Carmelo Neto (PL), um importante aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro no Ceará. Durante o discurso, Ciro afirmou que o Ceará está sob uma “ditadura” e criticou fortemente o governo do estado, atualmente sob o comando do PT.
Ciro, que tem se alinhado com a candidatura de Glêdson Bezerra (Podemos) à reeleição, descreveu o momento como um “dia histórico” e usou a ocasião para atacar o governo do PT, referindo-se à administração estadual como marcada pela “incompetência, corrupção e mandonismo”. Ele também acusou o PT de tentar criar uma ditadura ao restringir as opções de candidatura e garantir que não houvesse oposição ao que ele chamou de “novo ditador do Ceará”.
O ex-presidencial também dirigiu suas críticas ao atual ministro da Educação e ex-governador do Ceará, Camilo Santana (PT), chamando-o de “traidor” após o rompimento da aliança entre o PT e o PDT. Desde o colapso da aliança em 2022, Ciro tem se posicionado contra Santana e seus aliados políticos.
Além do evento em Juazeiro do Norte, Ciro participou do lançamento da candidatura de Dr. Aloísio (União Brasil) para a prefeitura de Crato, onde também esteve ao lado do prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa (União Brasil), um antigo desafeto político.
O rompimento entre Ciro Gomes e o PT se intensificou após as eleições de 2022, quando o PT decidiu apoiar o governador Elmano de Freitas (PT), enquanto Ciro endossou o pedetista Roberto Cláudio. A disputa política resultou na saída de Cid Gomes, irmão de Ciro, do PDT e sua adesão ao PSB em fevereiro deste ano, marcando um distanciamento ainda maior entre os irmãos.
