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Ministros de Lula tentam se  esquivar de congelamento de R$ 15 bilhões anunciado por Haddad

Com a confirmação do congelamento de R$ 15 bilhões no Orçamento da União, ministros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciam uma intensa negociação para evitar cortes em suas respectivas pastas. Eles buscam convencer os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento, Simone Tebet, sobre a importância de seus projetos e necessidades orçamentárias.

Desses R$ 15 bilhões, R$ 11,2 bilhões serão bloqueados devido a estimativas de gastos que superam o limite estabelecido pelo arcabouço fiscal. Os outros R$ 3,8 bilhões serão contingenciados, podendo retornar ao orçamento caso haja um aumento na arrecadação federal. O detalhamento das áreas afetadas será divulgado em 30 de julho.

Ministros já começaram a manifestar suas preocupações e argumentos. José Múcio Monteiro, ministro da Defesa, que teve sua pasta severamente afetada por cortes anteriores, encontrou-se com Haddad na semana passada para expor a situação da Defesa. “Aqui a gente não aguenta mais corte”, declarou Múcio, expressando um otimismo cauteloso.

Esther Dweck, ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, garantiu que o congelamento não afetará a realização de concursos públicos neste ano. No entanto, destacou que o orçamento de 2025 será crucial para definir novos certames.

Impactos Políticos e Econômicos

O presidente Lula tem enfatizado que os ajustes fiscais não devem prejudicar as políticas sociais, que atendem à população de baixa renda. “Quanto custou neste país não cuidar das coisas certas no tempo certo”, questionou Lula, referindo-se a áreas como transporte, saúde, educação e reforma agrária.

A equipe econômica, liderada por Haddad, enfrenta o desafio de manter o equilíbrio fiscal sem comprometer os programas sociais e as emendas parlamentares, essenciais para a base eleitoral de muitos deputados e senadores.

Cenário Político

A situação pode complicar ainda mais com a proximidade das eleições municipais de outubro. O contingenciamento de emendas parlamentares, caso se concretize, poderá gerar um desgaste político significativo e dificultar a articulação do governo no Congresso Nacional. O governo projeta um déficit de R$ 28,8 bilhões para este ano, e a meta de equilíbrio fiscal estabelecida por Haddad se torna um desafio crucial a ser enfrentado.

Em resumo, o governo Lula está diante de um complexo cenário econômico e político, onde a gestão cuidadosa dos cortes orçamentários será essencial para manter a estabilidade e o apoio necessário no Congresso.


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