A sensação de insegurança cresce na Região Centro-Sul de Belo Horizonte após uma série de furtos em prédios de luxo. No domingo (14/7), dois criminosos, vestidos com roupas de marca e fingindo ser parentes de moradores, invadiram um apartamento no Bairro Belvedere e roubaram cerca de R$ 200 mil em dinheiro e joias. Eles haviam tentado a mesma estratégia em outro prédio no Bairro Funcionários, mas foram impedidos pelo porteiro.
A dupla tem utilizado táticas sofisticadas para acessar os prédios. Eles conhecem os nomes e apartamentos das vítimas e se passam por familiares. No Belvedere, eles convenceram o porteiro, que tentou impedir a saída dos ladrões após suspeitar, mas sem sucesso. Câmeras de segurança registraram a invasão e a presença de um terceiro criminoso que ajudou na fuga.
A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar o caso, sob responsabilidade do Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri). A PM destacou que operações estão sendo realizadas para prevenir crimes na região.
Moradores e funcionários dos prédios afetados estão sendo orientados a reforçar medidas de segurança, como evitar a entrada de desconhecidos, mesmo que afirmem ser parentes. Estão sendo planejadas novas medidas, incluindo mais câmeras e controle rigoroso de visitantes.
Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), em média, 14 imóveis são invadidos por dia em Belo Horizonte. Em 2023, já foram registrados 2.080 casos de invasão e furto.
O Sindicato dos Condomínios de Minas Gerais (Sindicon-MG) oferece treinamentos gratuitos para síndicos, porteiros e moradores, enfatizando a importância de medidas de segurança coordenadas. No entanto, a adesão tem sido baixa.
O aumento da locação de imóveis por curta temporada representa um desafio adicional à segurança, devido ao maior fluxo de pessoas estranhas. Vazamentos de informações por pessoas próximas às vítimas e a exposição nas redes sociais também facilitam os crimes.