O Governo de Minas Gerais autorizou a desapropriação de terrenos para a construção do Rodoanel da Grande BH. O decreto, assinado pelo governador Romeu Zema, declara que os terrenos, totalizando 14 milhões de m², são de utilidade pública. A Concessionária Rodoanel BH S.A. está autorizada a promover a desapropriação ou a constituição de servidão desses terrenos, sob fiscalização da Seinfra e do DER-MG. O decreto detalha as coordenadas de 13 áreas, mas não especifica os municípios ou bairros envolvidos.
O Rodoanel promete reduzir o tempo de viagem em até 50 minutos e diminuir o número de acidentes no Anel Rodoviário de Belo Horizonte. A primeira fase da obra, prevista para cinco anos, inclui as alças Norte e Oeste, responsáveis por 70% do tráfego esperado. Com 100 km de extensão, o Rodoanel passará por Belo Horizonte e outras 10 cidades da região metropolitana, incluindo Contagem, Betim e Ribeirão das Neves.
As prefeituras de Contagem e Betim expressaram preocupação com o traçado proposto, destacando os impactos sociais e ambientais. Marco Túlio de Freitas Rezende Lara, secretário de Ordenamento Territorial e Habitação de Betim, afirmou que o município apoia a rodovia, mas quer minimizar os impactos sociais. A prefeita de Contagem, Marília Campos, também manifestou sua oposição ao traçado atual, afirmando que ele traria um sacrifício enorme para as prefeituras de Contagem e Betim.
Posições do Governo e das Prefeituras
A Seinfra esclareceu que o decreto amplia a área de utilidade pública e que os levantamentos da concessionária determinarão quais imóveis precisarão ser desapropriados, minimizando os efeitos sobre a população. As prefeituras de Betim e Contagem estão realizando levantamentos para verificar as áreas atingidas pelo decreto.
