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Apontado como o ‘Maníaco de Araguari’, Eurípides Martins é absolvido de três assassinatos

Eurípedes Martins, conhecido como o “Maníaco de Araguari”, foi absolvido das acusações de três assassinatos em julgamento realizado na manhã de segunda-feira (29), em Uberlândia. O júri popular absolveu Martins das mortes de Rejane Maria Fonseca, Michele Monteiro Silva e Edma Maria Guedes Batista, ocorridas entre 2004 e 2006.

A juíza Danielle Louise Rutkowski Dias considerou a denúncia improcedente e permitiu que o réu aguardasse qualquer recurso em liberdade. “Submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri nesta data, o Conselho de Sentença afirmou, por maioria, a materialidade de todos os delitos, e em seguida acatou a tese sustentada em plenário de ausência de autoria”, explicou.

Oripão, como é conhecido, agradeceu a Deus e aos seus advogados após o veredicto. “Agradeço muito a Deus por trazer a verdade e a minha inocência, e aos advogados por nunca terem me abandonado durante esse longo sofrimento”, disse ele. O advogado Paulo Braganti, que defendeu Eurípedes, mencionou que a defesa avaliará a possibilidade de um pedido de indenização.

Outras Absolvições

Eurípedes Martins já havia sido absolvido em outros casos. Em 9 de julho de 2024, foi absolvido pelo assassinato de Amanda Aparecida de Souza, de 13 anos, ocorrida em 30 de março de 2005. Em maio de 2019, foi absolvido da acusação de matar Lara Rodrigues Caetano Pereira, também de 13 anos, em 2004. Na ocasião, dos sete jurados, quatro votaram pela sua absolvição.

Após a sentença, o Ministério Público pediu a transferência dos processos para outra comarca, resultando na mudança para Uberlândia.

As Mortes

A Polícia Civil investigou que, entre 2004 e 2006, vários restos mortais, incluindo crânios e arcadas dentárias com sinais de violência, foram encontrados em diversas partes de Araguari. Devido à série de crimes, aulas noturnas foram suspensas como medida de proteção.

Eurípedes foi suspeito de cinco assassinatos, cujas vítimas tinham entre 13 e 57 anos. Ele foi preso após a identificação de suas características físicas a partir de um retrato falado. Em sua casa, foi encontrada uma calcinha identificada pela filha de uma desaparecida.

Inicialmente, Eurípedes confessou os crimes, mas depois negou, alegando ter sido influenciado a assumir a responsabilidade pelos assassinatos. O delegado Wagner Pinto de Souza, da Divisão de Crimes contra a Vida, responsável pelo caso, relatou que o criminoso agia sempre da mesma maneira: vigiava as vítimas, convidava-as para um passeio, e as levava para matagais na área rural, onde as espancava até a morte e cometia estupro após o assassinato.

Atualmente, Eurípedes vive debilitado devido ao tratamento de câncer na instituição Casa de David.


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