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Suspeitos de matar sindicalista em emboscada são julgados em BH

Na manhã desta segunda-feira (29/7), começou o julgamento de sete suspeitos de envolvimento na morte do sindicalista e vereador de Funilândia, Hamilton Dias de Moura, ocorrida em 21 de julho de 2023. Hamilton foi morto dentro de seu carro, após ser atraído para uma emboscada sob o pretexto de negociar a compra de um lote, ao lado da estação do metrô na Vila Oeste, em Belo Horizonte.

Entre os julgados está o suposto mentor do assassinato, Ronaldo Batista de Morais, ex-vereador de Belo Horizonte, além de Antônio Carlos Cezario, Thiago Ribeiro de Miranda, Leandro Félix Viçoso, Fernando Saliba Araújo, Débora Caetano Félix Aragão e Filipe Santos Viçoso.

Dois outros réus, Felipe Vicente de Moura e Thiago Viçoso de Castro, já foram julgados anteriormente. Felipe, um policial militar, foi condenado a 17 anos de prisão, posteriormente reduzida para 10 anos devido a um acordo de delação premiada. Thiago foi absolvido de participação na organização criminosa, mas recebeu penas menores por fraude processual e posse ilegal de armas.

Manifestação

Familiares e amigos de Hamilton realizaram uma manifestação em frente ao local do julgamento na Avenida Raja Gabaglia, clamando por justiça. Hailton Dias de Moura, irmão de Hamilton, destacou a importância do julgamento e a luta do irmão pelos direitos dos trabalhadores. A mãe de Hamilton, Amália Dias de Moura, não compareceu ao julgamento, preferindo ficar em casa em oração.

Motivação do Crime

De acordo com as investigações, o assassinato foi motivado por vingança e disputas sindicais. Hamilton havia ajudado Ronaldo a se eleger presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Belo Horizonte e Região (STTRBH) em 2010, mas a relação se deteriorou quando Ronaldo começou a prejudicar a categoria, atendendo aos interesses dos patrões.

Apoio e Solidariedade

Amigos e sindicalistas também compareceram ao julgamento para apoiar a família de Hamilton e pedir justiça. Emanuel Sady, presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Valores, destacou a luta de Hamilton contra a injustiça social e repudiou o crime.

O Julgamento

O julgamento começou às 9h20, com o sorteio de jurados e a apresentação do caso. Os réus, todos presos, chegaram escoltados pela Polícia Penal. Primeiramente, as testemunhas foram ouvidas, seguidas pelos interrogatórios dos réus. O julgamento deve durar até três dias, com familiares e amigos acompanhando de perto todo o processo.


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