Na segunda-feira, 29 de julho, o Banco Central divulgou os números de déficit primário do setor público consolidado do Brasil, revelando um rombo de R$ 40,9 bilhões em junho de 2024. Este déficit representa uma leve melhora em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando o déficit havia atingido R$ 48,9 bilhões.
O déficit primário exclui os pagamentos de juros, oferecendo uma visão mais clara da saúde fiscal do país e da sustentabilidade das suas finanças públicas. Em junho de 2024, o governo central contribuiu com um déficit de R$ 40,2 bilhões, enquanto as empresas estatais registraram um déficit de R$ 1,7 bilhão. Por outro lado, os governos regionais, que englobam estados e municípios, apresentaram um superávit de R$ 1,1 bilhão.
No acumulado do ano, o setor público registrou um déficit primário de R$ 272,2 bilhões, equivalente a 2,44% do Produto Interno Bruto (PIB). Este montante indica uma leve diminuição de 0,08 ponto percentual em relação ao déficit acumulado até maio.
A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP), um importante indicador da condição financeira do país, alcançou 62,1% do PIB, totalizando R$ 6,9 trilhões em junho de 2024. Este número representa um aumento de 0,1 ponto percentual em relação ao mês anterior.
Além disso, a dívida bruta do setor público subiu para 77,8% do PIB, marcando um crescimento de 3,4 pontos percentuais ao longo do ano. Este aumento é atribuído a fatores como juros nominais, emissão líquida de dívida, desvalorização cambial e o impacto do crescimento do PIB nominal.
Esses números ressaltam os desafios fiscais enfrentados pelo governo e a necessidade de políticas eficazes para controlar o déficit e gerenciar a dívida pública. A crescente dívida bruta e o déficit primário significativo evidenciam a complexidade da situação econômica e as pressões sobre a administração fiscal do país.
