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Venezuelanos protestam na Praça da Liberdade contra reeleição de Maduro

Neste sábado (3 de agosto), a Praça da Liberdade, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, foi o cenário de uma manifestação promovida por dezenas de venezuelanos. Desde o último dia 28 de julho, eles se unem a conterrâneos em protestos contra a reeleição de Nicolás Maduro, alegando fraude nas eleições.

Os manifestantes, que fizeram uma corrente de oração durante o ato, reivindicam paz e liberdade para a Venezuela. “Infelizmente houve uma fraude, que foi provada, e precisamos que a comunidade internacional nos apoie, e nos ajude. Quando alguém bate em uma criança na casa vizinha, se você se cala e é omisso, você é cúmplice. E hoje, esse garoto se chama Venezuela”, disse Yonis, uma das manifestantes.

Protestos na Venezuela

Enquanto isso, na Venezuela, milhares de pessoas também foram às ruas em meio a ameaças crescentes de Maduro contra os líderes da oposição, muitos dos quais estão escondidos. A líder da oposição, María Corina Machado, convocou uma grande manifestação em Caracas, apesar do medo de repressão.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciou a vitória de Maduro com 52% dos votos, contra 43% de Edmundo González Urrutia, representante da oposição. A oposição, no entanto, afirma ter provas de fraude e publicou cópias de 84% das atas de votação em um site. O chavismo, por sua vez, alega que os documentos são falsos.

Mortes e Prisões

Os protestos na Venezuela têm sido violentos. Pelo menos 11 civis e um militar morreram, e mais de 1.200 pessoas foram detidas durante as manifestações. A oposição denuncia uma “repressão brutal” e relatou um balanço de 20 mortos e 11 desaparecimentos forçados.

Repercussão Internacional

Cinco países latino-americanos – Argentina, Uruguai, Equador, Costa Rica e Panamá – reconheceram a vitória de González Urrutia. O Peru foi o primeiro a fazê-lo. O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, também expressou apoio a González Urrutia, afirmando que há “evidência esmagadora” de sua vitória.

Maduro agradeceu o apoio dos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva; da Colômbia, Gustavo Petro; e do México, Andrés Manuel López Obrador, a favor de um acordo político na Venezuela. Entre os países que reconhecem a vitória de Maduro estão Nicarágua, Rússia e Irã.

Declarações

“Maduro é ilegítimo. Não somos terroristas, estamos lutando por nosso país, pela liberdade. Peço a Maduro que ouça a voz de nossos irmãos, de todos aqueles que morreram”, disse Jezzy Ramos, uma chef de cozinha de 36 anos, na manifestação em Caracas.

Os protestos continuam enquanto a situação política na Venezuela permanece tensa e incerta.


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