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Aumento explosivo de casos de Febre Oropouche no Brasil em 2024: Número sobe 775% em relação ao ano anterior

O Brasil enfrenta um surto alarmante de febre oropouche em 2024, com 7.284 casos registrados até 28 de julho, conforme dados divulgados pelo Ministério da Saúde. Este número representa um aumento de 775% em relação a 2023, quando foram notificadas apenas 832 infecções. Enquanto no ano passado a doença estava concentrada principalmente na região Norte, em 2024, 21 estados já relataram casos da infecção.

A febre oropouche é transmitida pelo mosquito Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. O aumento significativo de casos em todo o país despertou a atenção das autoridades de saúde, que agora enfrentam o desafio de controlar a disseminação da doença.

Mortes e Casos Graves

As primeiras mortes associadas à febre oropouche foram registradas em 25 de julho, envolvendo duas mulheres do interior da Bahia, ambas com menos de 30 anos e sem comorbidades. Elas apresentaram sintomas semelhantes aos da dengue grave. Além disso, uma possível terceira morte está sendo investigada em Santa Catarina.

O Ministério da Saúde está conduzindo pesquisas para entender melhor o comportamento do vírus e a biologia do mosquito transmissor, em parceria com instituições como a Fiocruz, o Instituto Evandro Chagas (IEC), e a Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado.

Transmissão Vertical e Impacto em Grávidas

Outro ponto de preocupação é a transmissão vertical do vírus, que ocorre de grávidas para os fetos. Até o momento, nove casos desse tipo foram investigados, com registros em Pernambuco, Acre e Bahia. Desses, quatro resultaram em anomalias congênitas, como microcefalia, e cinco evoluíram para morte fetal.

As autoridades emitiram uma nota técnica recomendando a intensificação da vigilância em todo o país, especialmente após a detecção do genoma do vírus em um caso de morte fetal. Além disso, anticorpos contra oropouche foram encontrados em amostras de quatro recém-nascidos.

O cenário exige atenção redobrada das autoridades de saúde e da população para conter a disseminação da doença.


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