O pré-candidato à prefeitura de Belo Horizonte, senador Carlos Viana (Podemos), está enfrentando um momento turbulento em sua campanha após a confirmação do nome de Renata Rosa como sua vice na chapa, em vez de Kika da Serra, sua escolha pessoal. Viana classificou a situação como um “golpe”, acusando a deputada federal e colega de partido, Nely Aquino, de impor o nome de Renata por motivos pessoais.
Viana, em entrevista à Itatiaia, criticou a escolha de Renata Rosa, alegando que ela tem parentesco com a chefe de gabinete de Nely Aquino, o que, segundo ele, compromete a integridade da candidatura. “O partido quer impor um nome que é parente da chefe de gabinete da presidente e eu não posso aceitar isso terminantemente”, afirmou o senador, reforçando seu apoio a Kika da Serra, que ele acredita ser a melhor escolha para representar as comunidades de Belo Horizonte.
Nely Aquino, por sua vez, sugeriu que Viana deveria considerar deixar o partido se não está disposto a seguir as decisões da liderança. “A sua desfiliação era o melhor caminho… Enquanto ele for filiado ao PODEMOS… terá que abrir mão das suas vaidades pessoais se quiser mesmo ser candidato a prefeito”, declarou a deputada.
Interlocutores do Podemos expressaram surpresa com a postura de Viana, alertando que sua resistência pode prejudicar sua campanha, inclusive resultando na perda do apoio dos 145 pré-candidatos a vereador e do acesso ao fundo eleitoral. A direção nacional do Podemos já manifestou apoio à escolha de Renata Rosa, deixando a situação de Viana ainda mais delicada.
O conflito dentro do partido ameaça causar uma “implosão” na chapa, colocando em risco a viabilidade da candidatura de Carlos Viana.
