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Maduro intensifica repressão na Venezuela com marcações em casas de opositores

A repressão política na Venezuela sob o regime de Nicolás Maduro atingiu novos patamares, com denúncias de que casas de opositores estão sendo marcadas com um “X” em comunidades populares de Caracas, como o bairro 23 de Janeiro. As marcações, reveladas em imagens nas redes sociais, têm o objetivo de intimidar a população e prevenir novas manifestações contra a recente fraude eleitoral nas eleições presidenciais de 28 de julho.

O ato de marcar residências de opositores tem sido comparado a práticas nazistas, como mencionado por um morador local. A ação faz parte da chamada “Operação Tun Tun”, que visa perseguir e silenciar qualquer um que conteste os resultados eleitorais.

Organizações de direitos humanos, como o Instituto Casla, denunciaram essas ações à Corte Penal Internacional (CPI), que já investiga o governo Maduro por crimes contra a humanidade. A diretora do instituto, Tamara Suju, alertou que grupos subversivos, como o La Piedrita, liderado por Valentín Santana, estão envolvidos na repressão.

Desde o início das manifestações pós-eleitorais, mais de 1.300 pessoas foram detidas, incluindo adolescentes, mulheres, indígenas e pessoas com deficiência, segundo a ONG Foro Penal. A repressão também resultou em dezenas de mortes e centenas de feridos.

A oposição venezuelana, liderada pela Plataforma Unitaria Democrática (PUD), condenou a intensificação da perseguição e pediu o fim imediato da violência. O candidato opositor Edmundo González Urrutia, que alega ter vencido as eleições, apelou a Maduro para que respeite a vontade do povo e liberte os detidos arbitrariamente.

A comunidade internacional continua a pressionar por uma solução pacífica, destacando a necessidade de diálogo e respeito à soberania popular para resolver a crise venezuelana.


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