Senadores de oposição, ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, estão preparando um pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O movimento surge após a revelação de que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) teria repassado informações fora do rito normal para o gabinete do ministro, relacionadas ao combate à desinformação.
O senador Eduardo Girão (Novo-CE) anunciou que, nos próximos dias, os parlamentares iniciarão o processo de recolhimento de assinaturas para o pedido, com a intenção de apresentá-lo ao presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), no dia 9 de setembro. Girão destacou que o pedido incluirá diversas queixas sobre a atuação de Moraes, incluindo sua condução dos processos envolvendo os presos de 8 de janeiro e parlamentares acusados de disseminação de desinformação.
Esse não é o primeiro pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes. Desde 2019, já foram protocolados 40 pedidos contra ele, mas nenhum avançou. O novo pedido de impeachment é considerado o maior já articulado contra um ministro do STF.
O gabinete de Moraes afirmou que todas as ações relacionadas aos inquéritos das Fake News e Milícias Digitais foram oficiais, regulares e documentadas, com a participação da Procuradoria Geral da República.
