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BH enfrenta 4 meses de estiagem; previsão aponta continuidade do calor e ausência de chuvas

Belo Horizonte completou 121 dias sem chuva nesta sexta-feira (16), marcando um dos períodos de estiagem mais longos dos últimos anos. A última precipitação na capital mineira ocorreu em 18 de abril. A previsão do tempo não traz boas notícias para os próximos dias, indicando que a seca persistirá até, pelo menos, o final de agosto.

De acordo com Lucas Oliver, professor de geografia e cientista do clima, a capital mineira está vivenciando a estação seca, que se estende de abril a setembro. “Não há previsão de chuva para agosto. Mesmo que ocorra alguma precipitação no final do mês, será breve e insuficiente para aliviar a seca”, afirmou. Oliver também mencionou a influência do fenômeno La Niña, que tende a trazer mais chuvas para a região durante a estação chuvosa, de outubro a março. No entanto, ele destacou que os modelos climáticos não indicam com precisão quando as chuvas começarão.

Enquanto a população de Belo Horizonte aguarda ansiosamente pela chuva, a cidade enfrenta dias de calor intenso. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê que os termômetros devem registrar temperaturas de até 32°C neste sábado (17), em pleno inverno. A umidade relativa do ar deve cair para 20%, o que é considerado um nível preocupante. Com isso, as autoridades recomendam o aumento no consumo de líquidos e cuidados com a saúde, especialmente entre os grupos mais vulneráveis.

A onda de calor não é exclusiva da capital mineira. Segundo o Inmet, quase 200 cidades de Minas Gerais estão na lista das áreas afetadas por esse fenômeno, que deve perdurar até a próxima segunda-feira (19). A onda de calor se caracteriza por temperaturas acima da média por um período superior a dois dias consecutivos. Em algumas regiões do estado, como o Alto Paranaíba, os termômetros podem chegar a 37°C, representando um risco leve à saúde.

Com a seca prolongada, Belo Horizonte também enfrenta desafios adicionais, como o aumento das queimadas e a baixa qualidade do ar. As queimadas, que costumam se intensificar nessa época do ano, são um reflexo da vegetação seca e das altas temperaturas, contribuindo para a poluição do ar e agravando problemas respiratórios na população.

A expectativa é que a situação melhore com a chegada da primavera e o início da estação chuvosa em outubro. “As chuvas retornarão com força para apagar as queimadas, melhorar a umidade do ar e encher os reservatórios”, concluiu Oliver.

Para os próximos dias, o Inmet prevê uma leve queda nas temperaturas, com a máxima atingindo 30°C no domingo (18). Mesmo assim, a capital mineira continuará sem chuvas significativas, mantendo a rotina de calor e baixa umidade.

Com as mudanças climáticas globais e a influência de fenômenos como La Niña, a população de Belo Horizonte precisa se adaptar aos desafios impostos pela estiagem prolongada. As autoridades seguem monitorando a situação e emitindo alertas para garantir a segurança e o bem-estar dos moradores.


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