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Crise no governo Lula: Cortes orçamentários podem paralisar serviços públicos

A elaboração do Orçamento de 2025 gerou uma crise entre os ministérios do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com ameaças de paralisia em diversos serviços públicos, conforme relatado pelo jornal O Estadão. A crise decorre dos cortes planejados pela equipe econômica, que têm levado a uma série de queixas e preocupações entre os órgãos governamentais.

Impactos dos Cortes

Os cortes orçamentários planejados podem afetar severamente vários serviços públicos. Entre os principais impactos, destacam-se:

  • Atendimento à Previdência Social: O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) recebeu um orçamento preliminar de R$ 1,9 bilhão, enquanto o valor necessário é de R$ 2,4 bilhões. Isso pode levar à paralisação de unidades de atendimento e multas por descumprimento de ordem judicial, além de ameaçar contratos essenciais, como o com a Dataprev, responsável pela gestão dos dados da Previdência.
  • Falta de Água e Internet: O Ministério das Comunicações indicou que a falta de recursos pode comprometer a conectividade em 1.650 agências do INSS, 17 mil escolas públicas, e diversos órgãos públicos, incluindo a Presidência da República. A Telebras, que fornece internet para esses órgãos, recebeu uma previsão de R$ 299 milhões, mas necessita de R$ 1 bilhão para manter as operações. A falta de recursos também pode afetar serviços como o Gesac e Wi-Fi Brasil.
  • Serviços Públicos Essenciais: O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, com um orçamento preliminar de R$ 2 bilhões, afirma que o valor é insuficiente para suas atividades, incluindo a distribuição de água no semiárido e atendimentos emergenciais da Defesa Civil. O gabinete da Vice-Presidência da República e o Ministério de Minas e Energia também enfrentam cortes que podem comprometer suas operações.
  • Outras Áreas Impactadas: O Ministério da Igualdade Racial solicitou um aumento significativo para ações de combate ao racismo e ampliação de bolsas de pesquisa, e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) também requisitou mais recursos para atender às demandas e prevenir a invasão de terras indígenas.

O Ministério do Planejamento e Orçamento afirmou que o projeto orçamentário está em fase de elaboração e não comentará sobre o assunto antes do envio ao Congresso. Os ministérios afetados estão pressionando por aumentos adicionais e tentando mitigar os impactos dos cortes.


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