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Conselho Regional alerta sobre crescente atuação de falsos terapeutas ocupacionais em Minas Gerais

Comissão debateu a atuação do fisioterapeuta e do terapeuta ocupacional no tratamento dos transtornos do neurodesenvolvimento e das doenças raras.

Com a escassez de profissionais na área, Minas Gerais enfrenta um aumento de falsos terapeutas ocupacionais, que podem estar atuando com diplomas falsificados. O Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 4ª Região – MG (Crefito-4) emitiu um alerta durante uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) na terça-feira (20/8), sobre a situação preocupante que afeta o setor.

Minas Gerais conta com apenas 2,3 mil terapeutas ocupacionais para atender seus 853 municípios, um número insuficiente para a demanda crescente. A falta de profissionais tem favorecido o surgimento de diplomas falsos, gerando preocupações sobre a qualidade do atendimento à população. O alerta foi destacado em um debate sobre a atuação de fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais no tratamento de transtornos do neurodesenvolvimento e doenças raras, promovido pela Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência.

Durante a audiência, o deputado Grego da Fundação (PMN) compartilhou sua experiência pessoal, enfatizando a importância desses profissionais para a autonomia de pessoas com transtornos do neurodesenvolvimento. Aline Castro, especialista em políticas públicas e portadora de atrofia muscular espinhal tipo 2, também contribuiu para o debate, destacando o papel crucial da fisioterapia em sua vida e alertando sobre a falta de reconhecimento da área.

O Crefito-4, representado pela diretora-tesoureira Álida Murta Andrade e pelo presidente Anderson Luís Coelho, destacou a necessidade de mais cursos presenciais de terapia ocupacional e a crítica ao ensino a distância, que considera inadequado para a formação de qualidade. Além disso, a falta de disciplinas específicas sobre transtornos do neurodesenvolvimento em cursos de fisioterapia foi abordada, assim como a necessidade de políticas públicas que promovam a inclusão e acessibilidade para adultos diagnosticados tardiamente.

A discussão também abordou a criação de centros de referência para doenças raras e a importância de descentralizar o atendimento. O deputado Grego da Fundação reafirmou seu compromisso com propostas que visam melhorar a situação dos profissionais e a aprovação do Projeto de Lei 8/23, que institui o dia estadual do fisioterapeuta e do terapeuta ocupacional, a ser celebrado em 13 de outubro.


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