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Mourão: ‘Enganei-me ao pensar que vivíamos em uma democracia’

Senador denuncia “relativização do direito” e “face podre da República”.

O senador Hamilton Mourão fez duras críticas à atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) durante um discurso na terça-feira (20). Ele acusou o Ministro Alexandre de Moraes de utilizar seu poder para promover perseguições políticas, revelando o que ele chamou de “face podre da República”. Mourão destacou o recente escândalo conhecido como Vaza Toga, que, segundo ele, evidencia o uso de autoridades estatais para suprimir adversários políticos.

Mourão lamentou ter acreditado que o Brasil vivia em uma democracia plena, mas afirmou que os direitos individuais dos cidadãos estão sendo comprometidos por decisões subjetivas. Segundo o senador, há uma “relativização do direito”, resultando em um desequilíbrio entre os poderes, o que coloca em risco a liberdade e a legalidade no país.

O ex-vice-presidente criticou o uso de métodos injustos para incriminar opositores, comparando o tratamento severo de baderneiros com a impunidade de criminosos reincidentes. Ele também comentou a fala do jurista Nelson Jobim sobre os atos de 8 de janeiro, classificando como absurda a ideia de que houve risco para as autoridades.

Além disso, Mourão mencionou o fechamento do escritório brasileiro da rede social “X” e o impacto que isso tem sobre a liberdade de expressão. Para ele, a repressão à liberdade de expressão é um sinal de autoritarismo crescente no Brasil.

Mourão finalizou seu discurso com um apelo para que seus colegas enfrentem esses problemas e restaurarem a eficácia da constituição, sob o risco de entrarem para a história como inativos diante dessa crise.


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