As exportações do agronegócio de Minas Gerais alcançaram US$ 9,7 bilhões entre janeiro e julho de 2024, marcando um crescimento de 16,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. O volume de produtos exportados também cresceu 16,4%, totalizando 10,8 milhões de toneladas. Esses produtos representam 39,5% do valor total das vendas externas do estado.
O café continua sendo o carro-chefe das exportações mineiras, com um valor exportado de aproximadamente US$ 4 bilhões, resultado de 17 milhões de sacas embarcadas. Este segmento viu um aumento de 35,3% na receita e 34,5% no volume em comparação com o ano anterior. A Bélgica destacou-se como um grande importador, quase dobrando suas compras de café mineiro.
O complexo soja, incluindo grãos, farelo e óleo, gerou US$ 2,6 bilhões com 5,9 milhões de toneladas exportadas. Embora o volume tenha crescido 17,5%, a receita caiu 2,4%. O complexo sucroalcooleiro, formado por açúcar e álcool, obteve cerca de US$ 1,2 bilhão em receita, com um aumento de 25% no volume e 33% na receita.
As carnes, incluindo bovina, de frango e suína, também tiveram desempenho positivo. A carne bovina foi responsável por US$ 608,2 milhões em receita, com 141,8 mil toneladas exportadas, destacando-se para a China e os Estados Unidos. A carne de frango teve uma leve queda, mas a suína apresentou crescimento significativo.
Os produtos florestais, que incluem celulose, madeira, papel e borracha, totalizaram US$ 692,4 milhões, com a celulose registrando uma redução nas vendas.
O superintendente de Inovação e Economia Agropecuária da Seapa, Feliciano Nogueira de Oliveira, prevê que, se o cenário atual continuar, Minas Gerais pode alcançar um recorde de US$ 16 bilhões em exportações até o final do ano.
