De 26 a 30 de agosto, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) participa da Mobilização Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas. O objetivo é incentivar familiares a doarem amostras biológicas para comparação com os Bancos Estaduais de Perfis Genéticos e o Banco Nacional de DNA, visando a identificação de pessoas vivas ou falecidas com identidade desconhecida.
A delegada Ingrid Estevam, chefe da Divisão de Referência à Pessoa Desaparecida (DRPD), destacou a importância da participação dos familiares para possibilitar identificações. “Estamos prontos para receber as amostras e alcançar resultados significativos”, afirmou.
O perito criminal Giovanni Vitral informou que, nos últimos cinco anos, 26 pessoas foram identificadas por meio dos bancos de perfis genéticos. O trabalho, iniciado em 2014 e intensificado em 2019 com o projeto da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG), permite processar mais amostras de restos mortais e familiares.
Em Belo Horizonte, os familiares devem procurar a DRPD para emissão da requisição pericial e, em seguida, o Instituto Médico-Legal (IML) Dr. André Roquette para a coleta do material, das 8h às 18h. No interior, a coleta será feita nas Delegacias Regionais e Postos Médico-Legais, também das 8h às 18h. É necessário levar documento de identificação e o Registro de Evento de Defesa Social (Reds) do desaparecimento.
O material genético pode ser coletado de objetos pessoais do desaparecido, como escovas de dente ou roupas usadas. A coleta é simples e indolor, e o material é processado para verificar compatibilidades no banco de dados.
Atualmente, o Banco Nacional possui 473 perfis genéticos de restos mortais não identificados oriundos de Minas Gerais, enquanto o Banco Estadual conta com 533 perfis. A coleta de amostras está disponível durante todo o ano no IML Dr. André Roquette e nos postos Médico-Legais no interior.