Um cirurgião-dentista de 42 anos, de Belo Horizonte, foi indiciado pela Polícia Civil por homicídio e lesões corporais graves em decorrência de procedimentos estéticos ilegais. Ao todo, o profissional é acusado de dez crimes, sendo nove casos de lesões corporais gravíssimas e um de homicídio. As investigações começaram em março de 2024, após a morte de uma paciente de 63 anos.
Na última terça-feira (20), a Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão na residência e na clínica do dentista, recolhendo prontuários, medicamentos, receituários e equipamentos eletrônicos. Entre os medicamentos apreendidos estava o anestésico Propofol, de uso exclusivo hospitalar, encontrado no corpo da vítima que faleceu após um procedimento realizado em abril deste ano. A paciente teria sofrido uma parada cardiorrespiratória após ser liberada da clínica.
O dentista também é alvo de investigações por exercício ilegal da profissão. O Conselho Federal de Odontologia (CFO) interveio no Conselho Regional de Odontologia de Minas Gerais (CRO-MG), após ser constatado que a entidade autorizava a prática de procedimentos estéticos proibidos.
A Justiça negou liminares que permitiriam ao profissional continuar realizando procedimentos estéticos, o que foi apoiado pelo CFO. As investigações continuam enquanto o dentista teve sua licença suspensa, e ele aguarda o desenrolar do processo criminal.
