A Argentina alcançou um superávit comercial de US$ 1,575 bilhão em julho, marcando o oitavo mês consecutivo de saldo positivo na balança comercial, segundo dados oficiais divulgados nesta terça-feira (20). Esse resultado representa uma virada significativa em relação ao déficit de US$ 700 milhões registrado no mesmo mês de 2022.
Apesar do superávit contínuo, o saldo positivo de julho apresentou uma queda de 16,6% em comparação com junho, quando o superávit foi maior. Essa redução é atribuída à diminuição sazonal na exportação de produtos primários e manufaturados de origem agrícola, além do aumento das importações de energia durante o inverno austral.
De acordo com o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec), o volume total de comércio — somando exportações e importações — cresceu apenas 0,4% em julho, atingindo US$ 12,867 bilhões. As exportações somaram US$ 7,221 bilhões, um aumento expressivo de 19,2% em relação ao mesmo período de 2023, enquanto as importações caíram 16,5%, totalizando US$ 5,646 bilhões.
Nos primeiros sete meses de 2024, a Argentina registrou um superávit acumulado de US$ 12,262 bilhões, com exportações totais de US$ 45,397 bilhões e importações de US$ 33,135 bilhões.
Esse desempenho positivo contrasta com o ano anterior, quando o país, sob o governo do peronista Alberto Fernández, fechou com um déficit comercial de US$ 6,925 bilhões. A manutenção do superávit em 2024 reflete mudanças no cenário econômico e nas políticas de comércio exterior da Argentina.
