Após três meses de investigações, a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) prendeu Agnes Danrlei Santos Nascimento, conhecido como “Biscoito”, de 26 anos, um dos executores envolvidos na chacina de Ribeirão das Neves, ocorrida em maio deste ano. O crime brutal, que vitimou três pessoas, incluindo duas crianças, chocou a comunidade local e trouxe à tona uma disputa violenta relacionada ao tráfico de drogas.
A prisão ocorreu neste sábado (24), em uma operação conjunta entre a PMMG e a Polícia Militar do Espírito Santo (PMES), na cidade de Vila Velha, Espírito Santo.
Nascimento estava foragido desde o crime, sendo acusado de ser o responsável pelos disparos que mataram Felipe Júnior Moreira Lima, de 26 anos, seu filho Heitor Felipe, de 9 anos, e sua prima Layza Manuelly de Oliveira, de 11 anos. Além das mortes, três outras pessoas ficaram feridas no ataque. O criminoso tentou fugir durante a abordagem, mas foi capturado.
A chacina aconteceu no dia 23 de maio, durante uma festa de aniversário em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com as investigações, Felipe Júnior Moreira Lima, pai do aniversariante, era o principal alvo dos atiradores, devido ao seu envolvimento com o tráfico de drogas na região de Morro Alto, Vespasiano. O crime foi motivado por um acerto de contas, e os executores invadiram a comemoração armados, disparando contra os presentes.
Yago Pereira de Souza Reis, de 23 anos, também envolvido na execução, foi o primeiro a ser preso. Ele foi baleado acidentalmente por seu comparsa durante o ataque e detido horas depois, ao dar entrada no Hospital Municipal de Contagem. Souza Reis já está no sistema prisional desde o final de maio. A prisão de “Biscoito” marca a captura do segundo executor envolvido diretamente no massacre.
A polícia também prendeu Ivone Silva de Almeida, de 42 anos, em julho, por suposto envolvimento na chacina. As investigações apontam que ela teria fornecido informações aos criminosos sobre a localização das vítimas, facilitando a ação dos assassinos.
No entanto, apesar das três prisões, quatro suspeitos ainda permanecem foragidos. Entre eles estão Flávio Celso da Silva, de 45 anos, conhecido como “Alemão”, e seu irmão Leandro Roberto da Silva, de 43, o “Beirola”, que seriam os mandantes do crime, conforme apontam as investigações. Eles liderariam o tráfico de drogas na região de Morro Alto e teriam ordenado o ataque como parte de uma disputa pelo controle do tráfico.
Os outros dois foragidos são Marcelo Alves Rodrigues, conhecido como “Tio Gordo” ou “Bola 7”, e Fabiano Alves Campos, de 39 anos. Todos possuem mandados de prisão em aberto e são considerados peças-chave no planejamento e execução do crime.
A chacina não só chocou a comunidade de Ribeirão das Neves como também trouxe à tona a brutalidade das disputas territoriais ligadas ao tráfico de drogas na região metropolitana de Belo Horizonte. Heitor Felipe, a criança de 9 anos, seu pai, e sua prima de 11 anos foram mortos de forma trágica, enquanto outras três convidadas, incluindo uma adolescente de 13 anos, ficaram feridas no ataque.
As investigações continuam em curso, e as forças de segurança seguem empenhadas na captura dos suspeitos que ainda estão foragidos. A PMMG destacou a importância da cooperação entre diferentes forças de segurança para a resolução de crimes complexos como esse e reafirmou seu compromisso em garantir a justiça às vítimas e suas famílias.
