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Crise interna na Maçonaria de Manhumirim termina em Boletim de Ocorrência e Processo Judicial

Conflito entre membros envolve acusações de falsidade ideológica, reuniões clandestinas e tentativas de invasão        |            Por: Redação

Fundada em 14 de julho de 1921, a Loja Maçônica Propter Humanitatem de Manhumirim, pertencente ao Grande Oriente do Brasil Minas Gerais, está no centro de uma polêmica que agora se desdobra na Justiça. O imbróglio interno ganhou repercussão após maçons serem acusados de falsidade ideológica e tentativa de invasão.

Segundo o presidente da organização, Sr. Marco Antonio Silva Ruella, em depoimento policial, um grupo dissidente realizou uma reunião irregular nas instalações da APAE de Manhumirim. O objetivo, conforme relatado, seria tomar o controle da instituição e transferi-la para outra organização maçônica, a chamada Grande Loja de Minas Gerais. Esse movimento, feito sem o consentimento dos demais membros, gerou um grave desconforto dentro da Loja.

O CASO

No Registro de Fatos Policiais (REFAP) anexado ao processo, ao qual a reportagem teve acesso, o presidente legal da organização descreve os eventos:
“Em breve síntese, conforme os documentos oriundos do MP, alguns ex-filiados da loja maçônica de Manhumirim decidiram não responder à matriz de Minas Gerais e, sem o consentimento dos demais filiados, uniram-se à matriz de Brasília. Isso causou, em primeiro plano, um desconforto com a diretoria e os membros mais antigos. Assim sendo, decidiram, em reunião fora da loja, na sede da APAE, iniciar um outro grupo, fora das diretrizes da atual diretoria, fundando um novo movimento paralelo. Com isso, realizaram, além de reuniões, a assinatura de documentos e atos contrários às diretrizes da diretoria, fora dos padrões da liderança de Minas Gerais, incluindo filiações em nome da loja maçônica e documentos utilizando indevidamente o nome da Loja de Manhumirim. Inclusive, realizaram postagens nas redes sociais e chegaram ao ponto de tentar invadir a sede da loja maçônica de Manhumirim. Enviaram até mesmo uma notificação extrajudicial ao atual presidente requerendo as chaves e documentos da loja, contrariando os membros da instituição maçônica, e, consequentemente, vêm causando transtornos à instituição. Peço registro para providências futuras.”
Os documentos apresentados mostram que o grupo dissidente utilizou o espaço físico de outra organização maçônica na cidade de Alto Jequitibá para suas atividades paralelas, também pertencente ao Grande Oriente do Brasil.

PROCESSO

O caso segue na Justiça, sob o número do processo 5002119-48.2024.8.13.0395, e continua a gerar tensão entre os envolvidos e a comunidade maçônica da região.


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