O setor público brasileiro fechou julho com um déficit primário de R$ 21,2 bilhões, conforme divulgado nesta sexta-feira (30) pelo Banco Central. Esse valor representa uma melhora em relação ao déficit de R$ 35,8 bilhões registrado no mesmo mês de 2023.
Os dados mostram que o governo central teve um déficit de R$ 8,6 bilhões, enquanto os governos regionais registraram R$ 11 bilhões em déficit, e as empresas estatais somaram R$ 1,7 bilhão. O déficit primário, que exclui o pagamento de juros da dívida pública, acumula R$ 257,7 bilhões em 12 meses, o que corresponde a 2,29% do Produto Interno Bruto (PIB), ligeiramente abaixo dos 2,44% registrados até junho.
Em julho, os juros nominais do setor público não financeiro consolidado atingiram R$ 80,1 bilhões, um aumento significativo em relação aos R$ 46,1 bilhões do ano anterior. No acumulado dos últimos 12 meses, os juros nominais somaram R$ 869,8 bilhões, equivalentes a 7,73% do PIB, um aumento em relação aos R$ 641,3 bilhões (6,07% do PIB) registrados no mesmo período do ano passado.
O déficit nominal consolidado, que inclui o resultado primário e os juros apropriados, alcançou R$ 101,5 bilhões em julho. Em 12 meses, o déficit nominal totalizou R$ 1,12 trilhões, correspondendo a 10,02% do PIB.
A dívida líquida do setor público chegou a 61,9% do PIB, totalizando R$ 7 trilhões, impactada pela variação do PIB nominal, desvalorização cambial e ajustes da dívida externa. Por outro lado, a dívida bruta do governo geral atingiu 78,5% do PIB, equivalente a R$ 8,8 trilhões, um aumento impulsionado principalmente pelos juros nominais e emissões líquidas de dívida.
