A Polícia Civil de Mogi das Cruzes está investigando um esquema sofisticado criado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) que movimentou cerca de R$ 8 bilhões através de um “banco do crime” e 19 empresas de fachada, usado para lavar dinheiro e financiar candidaturas políticas em cidades de São Paulo. Segundo as investigações, pelo menos três candidatos de Santo André, Ubatuba e Mogi das Cruzes foram beneficiados por essa rede ilegal, com o objetivo de infiltrar membros do PCC na política local.
O banco, que funcionava como uma espécie de fintech, operava sem autorização do Banco Central e realizou transações milionárias nos últimos cinco anos, com valores em espécie movimentados em diferentes cidades, incluindo São Paulo e Palmas (TO).
A investigação também revelou a participação de membros do PCC em operações de tráfico de drogas, como Fabiana Lopes Manzini, apontada como uma das responsáveis por gerenciar o esquema financeiro após a prisão de seu marido, Anderson Manzini, membro da facção desde 2002.A polícia continua investigando os laços entre os candidatos e a facção, além de explorar o grau de influência do PCC em licitações e contratos públicos.