Fernando Nascimento Silva Neto, ex-assistente e “faz-tudo” do ex-ministro José Dirceu, está envolvido em um escândalo envolvendo a operação de um banco fictício chamado Atualbank, com um falso lastro de R$ 8,5 bilhões. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, Neto atua como lobista junto ao governo federal, visitando o Palácio do Planalto, a Esplanada dos Ministérios e o Congresso Nacional para propor serviços em encontros não divulgados em agendas públicas.
O Atualbank é acusado de usar documentos falsificados do Tesouro Nacional e de ter sido fundado com a ajuda de “laranjas”. Entre os envolvidos está Walter Dias Magalhães, um estelionatário já condenado e investigado por outros crimes. O Tesouro Nacional declarou que os documentos usados pelo Atualbank são falsos e encaminhou o caso à Polícia Federal para investigação.
Silva Neto é filiado ao PT desde 2004 e possui influência significativa em Brasília. Ele era considerado o braço direito de José Dirceu e atuou como seu representante legal por meio de uma procuração que lhe permitia agir em nome de Dirceu em repartições públicas federais, estaduais e municipais. Essa procuração foi revogada apenas em setembro de 2023, após Dirceu tomar conhecimento de que Neto estava falando em seu nome.
Embora se apresente como um banco, o Atualbank é registrado na Receita Federal como uma empresa de consultoria em tecnologia da informação e gestão empresarial, sem a licença de operação financeira. As visitas de Silva Neto ao Palácio do Planalto durante o governo Lula não constam nas agendas oficiais, levantando ainda mais suspeitas sobre suas atividades.