Na manhã desta terça-feira (3 de setembro), a Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação para desmantelar uma quadrilha especializada em fraudes contra institutos de previdência municipais. A ação cumpriu nove mandados de busca e apreensão em quatro cidades de Minas Gerais — Belo Horizonte, Pouso Alegre, Jacutinga e Sete Lagoas — além de Campinas e Hortolândia, em São Paulo, e Florianópolis, em Santa Catarina.
Segundo a PF, o grupo criminoso oferecia vantagens indevidas a agentes públicos, em troca de autorizações para aplicações fraudulentas nos institutos de previdência municipais. As fraudes envolviam a manipulação de dados, documentos e cálculos atuariais, conduzida por empresas de consultoria.
As investigações revelaram que, na primeira fase da operação, 28 institutos de previdência municipais em São Paulo haviam realizado investimentos fraudulentos em fundos compostos por títulos e debêntures emitidas por empresas de fachada, sem nenhum lastro financeiro.
A terceira fase da operação, realizada hoje, tem como foco o Instituto de Previdência de Pouso Alegre, em Minas Gerais, com a suspeita de fraudes ocorridas entre 2012 e 2018. As ordens judiciais foram emitidas contra alvos e empresas diretamente envolvidos nos crimes de associação criminosa, gestão fraudulenta, fraude à licitação e corrupção ativa e passiva.
Se confirmadas as acusações, os suspeitos poderão ser processados por vários crimes, incluindo corrupção e fraude contra licitações públicas.
A operação continua em andamento, com a coleta de novas provas para consolidar o caso contra a quadrilha e garantir que os responsáveis sejam levados à justiça.
