Belo Horizonte alcançou, na madrugada desta quarta-feira (4), um dos piores índices de qualidade do ar do mundo, de acordo com o monitoramento da plataforma IQAir. A capital mineira foi classificada como “insalubre” para a saúde humana, comparável a cidades como Pequim, na China. Crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias estão entre os mais afetados pela poluição e pelo tempo seco.
Durante a madrugada, a qualidade do ar em BH atingiu níveis de 152-153 no Índice de Qualidade do Ar (AQI), valor mais de nove vezes superior ao recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A situação foi agravada por quase 140 dias sem chuva e uma umidade do ar abaixo de 12%, comparável a condições desérticas.
O médico Artur Mendes alerta para os impactos da poluição e baixa umidade na saúde, como agravamento de doenças respiratórias, asma e sensação de sufocamento. A pneumologista Michele Andreata recomenda o uso de máscaras, especialmente a N95, para proteger os grupos mais vulneráveis. Além disso, sugere lavagem nasal e umidificação do ambiente como medidas preventivas.
A plataforma IQAir orienta que janelas fiquem fechadas para evitar a entrada de poluentes, uma recomendação que, apesar do calor, pode ajudar a reduzir problemas respiratórios.
Cuidados no tempo seco:
- Reforçar a hidratação;
- Evitar exposição ao sol entre 10h e 17h;
- Utilizar umidificadores e evitar banhos quentes;
- Procurar atendimento médico em caso de sintomas respiratórios graves.