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Cerco à embaixada da Argentina na Venezuela intensifica tensão diplomática

O cerco à embaixada da Argentina em Caracas, imposto pelo regime de Nicolás Maduro, já ultrapassa 30 horas, agravando a tensão entre os seis opositores venezuelanos que estão asilados no local, incluindo Pedro Urruchurtu Noselli, chefe de campanha de María Corina Machado, a maior líder da oposição ao governo.

Desde sexta-feira (6), Noselli tem publicado nas redes sociais imagens de homens armados e encapuzados, que estariam cercando a embaixada, impedindo o acesso e interrompendo a energia elétrica.

A crise se intensificou quando o regime de Maduro retirou a custódia brasileira sobre a embaixada, que havia sido estabelecida em agosto. Em resposta, o Itamaraty reafirmou que o Brasil continuará a exercer a proteção diplomática até que a Argentina, agora governada por Javier Milei, indique outro país para assumir a custódia. Países latino-americanos, como Chile, Uruguai e Panamá, condenaram o ato, citando violações à Convenção de Viena.

Enquanto o regime afirma que não violará o direito internacional, a presença de forças de segurança na área e o isolamento da embaixada provocam uma situação de extrema tensão para os asilados, que continuam temendo pela sua segurança.

A ação de Maduro foi amplamente criticada. O governo argentino repudiou a medida e alertou para possíveis consequências internacionais, caso os asilados sejam removidos à força.

A crise representa um novo desafio diplomático para a Venezuela, que já enfrenta isolamento crescente devido à repressão interna e às eleições questionadas. Além disso, o Brasil, que continua a manter laços com o regime, pode enfrentar uma pressão adicional caso a situação se agrave, com possíveis implicações para as relações bilaterais.


 

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